The Basketball Game

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Colin

Abri a porta do quarto de meu pai. Ele estava deitado e eu me joguei em cima dele, não me importando se eu iria amassar meu uniforme. Ele gemeu de dor e tentou me tirar de cima.

"Bora acordar, velhote! Tu tem menos de meia hora pra chegar ao trabalho!" Ele conseguiu me tirar de cima e foi correndo pro banheiro. "BOM DIA PARA VOCÊ TAMBÉM, PAI!" Gritei e ele gritou de volta um bom dia meio embolado, provavelmente sua boca deveria estar cheia de pasta.

Desci, me sentei no sofá e esperei. Surpreendentemente, dez minutos depois ele desceu, todo arrumado e pronto pro trabalho. Me levantei e corri para a porta, já com minha mochila nas costas.

Corremos muito até a escola, meu pai se recusou e me deixar ir sozinho e ignorou o fato que ele iria se atrasar caso me deixasse na escola. Já na frente do meu novo inferno - ou não porém depende - meu pai me abraçou e eu, diferente de muitos gatrotos da minha idade, retribui não me importando com os outros e que eu poderia passar vergonha.

Eu amo meu pai e isso basta.

"Boa aula, faça amigos, se divirta, nem precisa prestar atenção na aula." Acabei rindo e ele riu junto comigo ainda dentro do abraço. "Te amo."

"Também te amo, pai, mas eu não vou morrer não. Daqui algumas horas você vai me ver de novo."

"Todo ano é difícil ver você indo pra escola, perceber que você está crescendo e que daqui a pouco tu vai terminar a escola." Sai do abraço e ajeitei a mochila nas costas.

"Eu vou entrar antes que você comece a chorar e querer fazer eu passar uma vergonha de verdade." Virei e fui entrando.

"PAPAI TE AMA!" Parei de andar e olhei pra ele. Algumas pessoas se viraram e nos observaram como se fossemos dois estranhos. Bom, talvez fossemos mesmo.

Dou um tchauzinho a ele e vou andando para a secretaria pra pegar o meu horário e durante esse pequeno espaço de tempo, eu pensava como retribuir a vergonha que meu pai fez pra mim.

Peguei o número do meu armário, que era 815, e também peguei o papel com horários e salas. Andei que nem barata tonta pela escola procurando o armário e torcendo para que o sinal não tocasse até que eu já estivesse arrumado tudo.

Depois de andar muito eu achei o meu novo armário, que ficava no fim do mundo. Arrumei minhas coisas lá dentro e o sinal bateu. Fechei com pressa o armário pois eu ainda teria que procurar minha sala, mas antes que eu pudesse correr pra qualquer lugar, alguém esbarrou em mim e derrubou todos os livros e caderno que estavam em sua mão.

"Desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe." Ela pediu repetidas vezes enquanto se abaixava para pegar os cadernos que tinha derrubado. Me abaixei também e comecei a recolher os livros. Quando todos tinham sido recolhidos, me levantei e ela se levantou junto, o que deu tempo de eu ver seu rosto. Assim que ela olhou em minha direção sua postura relaxou um pouco. "Bom dia, Colin." Jennifer sorriu pra mim e como sempre, eu sorri junto.

"Bom dia, vizinha de armário." Ela começou a andar rapidamente e eu fui junto, eu já estava perdido e atrasado mesmo, não ia mudar nada se eu demorasse mais um pouco. "Então, qual é sua sala?"

"2012."

"Então me diga que você está nos levando para a sala, porque eu não faço a minima ideia para onde estamos indo." Ela revira os olhos.

"Conheço esse colégio com a palma de minha mão, vamos logo." Ela parecia querer correr e ao ver que eu não estava indo tão rápido quanto ela, pegou em minha mão e começou a me puxar. Queria ser que nem Jennifer que não estava se importando com nossas mãos juntas. Porém...

A Trip To Her {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora