Capítulo Um

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Dois Meses Depois.

17:15, sábado.

— Napolitano? — Vitória perguntou, pegando um pote de sorvete do freezer

Apenas olhá-lo, me faz querer vomitar.

— Tanto faz. — dei de ombros, sentindo meu estômago embrulhar

Eu poderia muito bem estar grávida, já que estou com sintomas normais de gravidez, não que eu tenha pesquisado, jamais, mas eu estou tendo tonturas, detestando coisas que eu amo, estou ficando mais cansada que o normal, porém, isso é impossível, pois eu sou virgem, ou seja, nada de bebês.

— Tanto faz? — a morena andou até mim e me encarou — Quem é você e o que você fez com a Milena Sorvetinho?

Eu ri, revirando os olhos.

— Mandei ela para Plutão, sem passagem de volta. — fui bem irônica

Eu peguei o pote de sorvete de sua mão e coloquei no carrinho que estava lotado de coisas calóricas

— Você não está grávida, não é mesmo? — ela segurou em meu braço, me impedindo de andar

— Fui imaculada, Tori — revirei meus olhos, soltei-me de sua mão e voltei a andar

— Vou comprar testes de gravidez para você, amiga. — Vitória disse, anotando o que disse em seu bloco de notas

Ela é metodicamente organizada.

— Sua menstruação está atrasada? — ela começa o interrogatório e tudo o que eu quero, é cavar um buraco e me enterrar lá

— Calada! Não sou obrigada a passar por... Isso. — dei uma corrida rápida até o caixa, tinha uma moça passando sua compra e uma senhora em minha frente

— Sua... — ela pigarreou — Está atrasada? — ela perguntou um pouco alto, me fazendo ficar roxa de vergonha

— Cala a boca, Vitória! — coloquei minha mão sobre a boca dela, dando um sorrisinho sem graça para a senhora em minha frente

— Você está com suspeita de gravidez, mocinha? — a senhora perguntou

Tem como esse dia ficar pior?

— Sim, senhora. — Vitória tirou minha mão de sua boca e respondeu

— Quando eu estava grávida da minha primeira filha — ela ergueu o seu indicador —, a Jully, eu fiz um teste caseiro que minha mãe, que Deus a tenha — ela olhou para cima, fez a cruz em seu corpo e beijou seu dorso —, me ensinou.

— Sério, senhora? — Vitória abriu um enorme sorriso e pegou sua caderneta — Como é esse teste?

Terra, pelo o amor a Deus, me engula!

— Eu fiz assim: — a senhora começou a falar e Vitória começou a anotar — coloquei a minha urina para ferver numa panela de alumínio, aí se levantar fervura semelhante à do leite, com formação de nata ou de espuma branca, o teste é positivo. O meu foi certeiro!

— Próximo! — a atendente chamou a senhora e ela foi, para ser atendida

— Se considere uma pessoa morta, Vitória! — ameacei-a, apontando meu indicador para ela

— Também te amo, "gravidinha". — ela deu uma risada baixa, me fazendo revirar os olhos

— O que estamos fazendo aqui? — perguntei, quando paramos em frente de uma farmácia

— Testes de gravidez. — ela respondeu, descendo do carro

— O quê? Eu não vou sair daqui para comprar... Isso. — cruzei meus braços, virando o rosto — Eu sou virgem, isso não tem lógica.

— Tá. — ela fechou a porta do carro e começou a andar em direção a farmácia

Eu não vou lá, eu não vou lá...

Desci do carro e corri até ela, Vitória trancou o carro rindo e entrou na farmácia.

— Isso é loucura, você sabe disso. — respondi, recuperando o fôlego

— Vamos comprar cinco tipos de testes, não custa nada tentar, não é mesmo? — Vitória piscou algumas vezes, usando sua persuasão sobre mim

— Vou ter muito prazer de esfregar na sua cara os negativos. — eu mesma peguei os cinco testes e andei até o caixa, tirando uma nota de cinquenta reais da minha bolsa

— Boa tarde. — a atendente abriu um sorriso totalmente forçado, enquanto passava os testes

— Boa tarde. — sorri sem mostras meus belos dentes, entregando meu dinheiro a ela

— Deu 107,15 reais, moça. — ela abriu um sorriso amarelo e eu quase desmaiei

— O quê? — tive um mini surto — Dá para descobrir o sexo do bebê dentro desses testes? — respirei fundo — Qual o mais caro?

Ela me mostrou um, o menor.

— Tira esse. — pedi — Ficou quantos?

— Ficou 79 reais, moça. — ela disse eu tirei uma nota de vinte e outra de dez

Ela me devolveu o troco e aquela sacola, com quatro testes. Crianças gastam e eu não posso ter um agora, na verdade, nem tem como, é ilógico.

Eu cheguei em casa, xingando Vitória de todos os nomes possíveis. Esse dinheiro que foi gasto, foi um gasto desnecessário.

Eu estava guardando esse dinheiro para alguma urgência.

— Vamos comer primeiro. — Vitória quebrou o silêncio, levando as sacolas para a cozinha — Ou você quer fazer os testes?

— Vou fazer logo esses testes. — andei ao banheiro, com a sacola na mão

Segui todos os passos de todos os testes e esperei o tempo.

Após alguns minutos, olhei um por um. Dois tinham dois riscos, um deu negativo e o outro estava escrito: Grávida.

E eu estou torcendo para que aquele um negativo esteja certo.

---❤---

Capítulo um postado com sucesso✔

Eu ia postar meia-noite, só que tive um imprevisto, então, pude postar apenas agora.

Um feliz feriado, meus bebês.

Votem, comentem e até quinta que vem ❤

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