Cap 8 Roberto Narrando

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     Envadi o morro vizinho, pois ouvia falar frequentemente dos abusos e maus tratos que Fernando ou Nandinho, fazia contra o povo daquele lugar, verdairas atrocidades. Que prefiro não menciona por ser coisas realmente pesadas.
        Apesar de ser bandido e traficante, não gosto dessas coisas a não ser que seja realmente necessário, prefiro ter o respeito das pessoas na base da moral, pois uma pessoa que vive no meio em que vivo, já tem uma lista enorme de desafetos e inimigos naturalmente . Então o máximo que puder evitar de inimizades eu vou evitar.
Mesmo que só meu tamanho e porte físico já impõe respeito por se só.
     Tudo havia acabado, havia matado muitos deles, mas como em uma guerra ninguém realmente ganha  havia perdido muitos dos meus camaradas também mas minhas baixas foram pouquíssimas , mesmo assim me sinto péssimo por isso.


       Antes de invadirmos, fiz um reunião com o pessoal falando que seria a noite, quando a maioria dos civis  estivessem em suas casas em segurança, e tudo teria que acabar antes do dia amanhecer, pois queria liberar o povo para seguir suas rotinas normal.
        A final estava aqui por eles mais do que pelos "negócios ". Pois o dinheiro para mim não é problema nenhum, tenho contas espalhadas pelo mundo com bilhões estocados em bancos e propriedades pelo mundo. Assim caso um dia haja necessidade eu tenho como me safar de um jeito ou de outro.
       Eu já fui um homem da lei, sabiam?, era soldado do exército brasileiro, ganhei medalhas, era um exemplo de soldado. Mais um dia me revoltei com meus superiores e fui expulso, por agressão ao um oficial de patente mais alta que a minha. Fui preso por um tempo, e quando sai resolvi voltar às minhas origens que era o morro sai daqui, pensando em me tornar soldado e ajudar a população desse lugar a se livrar dos traficantes que sempre comandaram a are.
Sempre tinha o sonho de mudar o perfil da favela, pois foi aqui que nasci e cresci, minha família toda era daqui, queria um lugar melhor para todos, Então ao chegar em casa novamente encontro um povo a coado, com medo, o dono do morro atual era um cara cruel daqueles que estuprava  jovens adolescente, extorquia dinheiro dos comerciantes, espancava eles quando não tinham o que dar , fazia esses tipos de coisas.

      Assim que eu vi a situação da população local me revoltava , ele até tentou me recruta quando soube de mim, mais me recusei na hora , ele ficou tão furioso com minha recusa que começou a perseguir minha família pois a maioria deles tinham algum tipo de negócio aqui mais tudo legal, recrutou a força alguns sobrinhos e primos meus usando de chantagem ameaçando suas famílias.
Claro como era um covarde não tinha coragem de me enfrentar pessoalmente, queria me atingir usando minha família e ele conseguiu. Um dia com um tiroteio em um assalto meu primo morreu, ele era como um irmão mais novo para mim, investiguei e descobri que ele estava por traz de tudo de ruim que estava acontecendo com minha família.
Comprei umas armas e munições, transformei meu corpo em um verdadeiro arsenal, vesti uma roupa preta e envadi seu covil, comecei com a sua vigilância , e continuei até chegar a ele, que matei com minhas próprias mãos. E tomei sozinho o morro e me alto pro clamei o dono de lá. Que ironia não é?,   a pessoa que um dia sonhava em combater esse tipo de prática estava se tornando um traficante , foi aí que aprendi a não lutar contra meu destino.
        Minha família não ficou nada contente com minha decisão, pois tinham orgulho de serem pessoas honestas, humilde e trabalhadores, mais não podia deixar que outro crápula tomasse o morro para se ,e retornasse a ser o que era.
Não estou aqui dizendo que sou um herói por isso, vai ficar a critério de vocês pensar o que quiser, pois me tornei um traficante depois disso. A final os fins não justifica os meios.
Não é me gabando , mas depois que tomei conta do pedaço as coisas melhoraram e muito, foi da água para o vinho, segundo o que dizem os moradores. Aonde eu chego sou bem recebido, pode parecer estranho mas aqui no meu pedaço muleque não compra drogas, e muito menos vende eu mesmo montei ONGs para dar assistência aos muleques daqui.
     

O FIEL DO NOVO DONO DO MORRO (ROMANCE GEY)Onde histórias criam vida. Descubra agora