- UM -

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BEM-VINDOS DE VOLTA, DANATYS. QUE SAUDADE! 

LEMBRANDO QUE SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI DO NADA, TALVEZ FIQUE BOIANDO POR NÃO TER LIDO A DUOLOGIA. LEIAM, LINDEZAS, TÁ LINDINHO!

Minha vida era uma mentira.

Finalmente descobri que não podíamos acreditar em tudo o que líamos na internet. Aparentemente, nem em tudo o que as mães diziam também. Sabe aquilo que falavam que bater punheta sete vezes resultava em morte?

Mentira.

Eu estava ali, mais vivo do que nunca, e com o pau duro de novo. O dia havia sido longo e cansativo e, em nenhum momento, conseguia tirar aqueles olhos verdes da cabeça. Sabe o nome disso? Carma. Um maldito carma que fez com que eu me apaixonasse por uma garota de dezoito anos. Pagaria meus pecados com Deus quando fosse para o céu. Se bem que achava meio improvável que eu fosse para lá.

Desde a primeira vez em que a vi, não consegui esquecer a dona daquele par de pernas largas e de seios fartos. Quando sua boca caiu boquiaberta, olhando para meu abdome nu, o primeiro pensamento que tive foi o de como seria ter aqueles lábios ao redor do meu pau. E ali estava eu, imaginando exatamente isso. De novo. Pela primeira vez em muito tempo, Gabriel Sanches batendo punheta. Foi embaraçoso. Ainda mais dado a situação do momento.

Eu estava miserável pela descoberta da doença da minha mãe, feliz com a chegada de Isadora, mas o tesão não saía de mim nem com a porra.

Achava que seria passageiro, pensei que seria só ela abrir a boca que seria exatamente como as outras, mas como estava enganado. No segundo em que Jennifer Alcântara começou a conversar comigo, soube que era diferente. Não foi amor a primeira vista, não. Mas Jennifer era cativante. Ela conversava sem parecer ter a intenção de me seduzir como todas as mulheres com quem saí. Eu gostava do jeito dessas mulheres, porque era o meu jeito de ser também, mas bastou Jenny aparecer para meu pensamento mudar. O que tinha falado? Carma!

— E então... O que você faz? — perguntou, e eu quase trombei com uma senhora em um carrinho de algodão-doce, intrigado por ela puxar assunto comigo. Foi uma gracinha vê-la constrangida quando falei do picolé, mas logo seu rosto voltou a ter a cor original, perdendo o enrubescer.

Isadora ia patinando na frente e Jennifer parecia feliz por me acompanhar, sem se importar em ganhar a corrida de patins que minha irmã estava participando sozinha.

— Eu sou dentista — falei e vi o instante em que seus olhos se arregalaram como se estivesse surpresa.

— Jura? Tenho um irmão dentista também! — exclamou, empolgada, e foi inevitável rir da empolgação. Ela me lembrou de quando eu era mais jovem e tinha todo aquele ânimo.

— E você? O que faz além de patinar com patins de criança pelo Parque? — provoquei, querendo testar suas reações.

Seu rosto corou por um instante, mas logo ela disfarçou, dando-me um soco no braço. Era interessante como seu pescoço e bochechas ficavam vermelhos e no mesmo instante a cor sumia, como se nunca tivesse acontecido.

— Eu só estudo. — Jennifer deu de ombros. — Estudo muito. Tipo, muito mesmo. Estou pagando o preço de ter faltado as aulas importantes da época da escola, mas espero conseguir a faculdade que quero.

— Faculdade já? Mas jurava que estava estudando para conseguir uma vaga na creche. — Ela novamente corou e voltou a disfarçar. Era boa nisso.

Na verdade, tudo que queria era que Jennifer me dissesse a idade. Porque tinha uma parte de mim muito incomodada que eu tivesse querendo pegar uma menor de idade. Apesar do seu corpo cheio de curvas, ela tinha um rosto de menina, e eu preferia cortar meu pau a ter que me envolver em uma situação dessas. Talvez não chegaria a cortá-lo, mas pelo menos o manteria o mais distante possível dela.

Diga que me quer - Spin-off [AMOSTRA]Onde histórias criam vida. Descubra agora