♡ Yoongi ♡
Fala sério que no final das contas eu só fiquei de pau duro. Quero bem saber quem é esse infeliz de empata foda. Saio do banheiro depois de ter resolvido meu probleminha e vou em direção da sala. Me aproximo da sala onde eu começo a escutar vozes estranhas, bom eu presumo que uma seja da Leila, porém a outra não faço a mínima ideia. Eu acho que vou é acabar tendo que aprender o português.
Penetro na sala e me deparo com a Leila curando os machucados da sua prima. Então foi essa pirralha quem estragou nossa noite.
Quando ela percebe minha presença ali ela para de falar e fica me encarando sem jeito, e eu continuo com meu olhar frio. Pois é garotinha, por causa de não sei que merda você fez para estar com a cara linda assim, você empatou uma transa que ia ser ótima.
— Yoongi. — ponho minha atenção para aqueles pares de olhos que eu gosto tanto de ver, que me acalmam em qualquer situação. Ela fica parada me fitando, talvez pensando no que vai dizer.
E eu acho melhor eu ir, vejo que ela tem um assunto para resolver com a empata transa. De qualquer maneira se ela quisesse que eu ficasse ela teria dito logo quando tinha me visto.
— Não se preocupe comigo. — digo calmamente me aproximando dela. Deposito um beijo em sua testa. — Eu já vou, obrigado por essa noite. Boa noite. — sorrio de forma carinhosa deixando mais um beijo em sua bochecha e, dou um rápido aceno a sua prima.
Ela me acompanha até a porta e eu sigo até minha casa. Antes de entrar reparei que tinha pessoas que eu nunca tinha visto aqui, e dois carros estranhos. Isso não tá cheirando nada bem. Minha consciência está gritando para que eu volte pra casa da Leila e ficar com ela se houver algo. E eu acho que vou escutar minha consciência, porque isso tudo está muito estranho. No que foi que essa sua prima se meteu ?
Entro em casa e vou em direção da porta dos fundos. Se eu tiver sorte não tem ninguém vigiando a parte de traz de sua casa. Tento ligar para ela só que cai diretamente na caixa postal. Merda. Então ela vai tomar um baita susto por eu chegar pelos fundos.
Saiu de casa tentando não tropeçar em nada já que está tudo escuro. Vou em direção da cerca que serve de separação entre nossas casas. Vamos lá, não é a primeira vez que você vai pular algo desse tamanho, ainda mas ela nem é tão grande, ela chega apenas em minha barriga. Pulo a cerca de madeira e me avanço até a porta verificando que não tinha ninguém por aqui.
Dou duas batidas na porta passando a mão em meu rosto imaginando o que poderia acontecer com essas garotas. E se a Leila fosse sequestrada ?! Ou pior, morta ! Sacudo minha cabeça para tirar esses pensamentos da minha cabeça. Dou mais duas batidas vendo que ninguém está vindo. Caramba Leila, você também não facilita ! Por que é que esse telefone está desligado ?
Merda, merda, merda. E se eles já entraram ? Não eles não seriam burros de entrar logo de cara.
— Garoto você quer que eu tenha um ataque e...— tampo sua boca por ela está praticamente gritando. Avanço para dentro e tranco a porta atrás de mim.
— Pronto você está mais calma ? — ela acena que sim. — Você percebeu que tinha dois carros e pessoas estranhas por aqui ? Eles parecem estar vigiando esse rumo aqui. — digo e ela não parece nada surpresa. Bom pelo menos ela já sabia.
— Sim foi por isso que subimos. A Juliana falou que pensava ter escapado deles, mas pelo visto não. — ela começa a andar em direção as escadas e eu a sigo. Pelo fato deu estar perto dela já acalma mais minha preocupação.
— Por que seu telefone estava desligado ? Eu fiquei preocupado, pensava que tinha acontecido algo. —
— Hum...eu meio que desliguei ele antes de você vim jantar aqui. — diz sem jeito me fazendo sorrir. Então ela queria que ninguém incomodasse, ela também não estava vendo essa noite como um simples jantar. Sinto uma pontada de felicidade em meu coração. A puxo para perto de mim depositando um beijo no topo de sua cabeça.
— Se você quiser eu posso chamar um segurança. — proponho parando em frente a porta do seu quarto.
— Não Yoongi, não. Eu não quero que você se envolva nisso. — ponho minhas mãos em meus bolsos e solto um suspiro pensando se eu deveria a escutar ou não. — Nem faça essa cara ! — diz franzindo a testa.
— Que cara ? — pergunto surpreso, que eu saiba eu não fiz nenhuma expressão facial.
— Essa daí. Quando você quer fazer o contrário do que eu digo você faz exatamente essa cara. — revela me abraçando pela cintura. É tão bem ter ela contra mim. Retribuo o abraço ainda não estando de acordo com o fato dela ficar sem proteção. — Escuta Yoongi, eu aprecio o fato de você estar preocupado comigo mas eu sei me virar. E...essa não é a primeira vez que tiro minha prima de uma situação dessa. —
— Como assim "essa não é a primeira vez" ? — e eu deveria me sentir menos preocupado com isso ?
Ela umedece seus lábios e desvia seus olhos. Levo minha mão em seu queixo para força-la a me encarar.
— Vamos entrar, ai eu te conto. — aceno e penetramos no quarto. É a primeira vez que entro aqui, a decoração é simples quase como a do quarto dos hóspedes. Fomos até a cama onde nós nos sentamos. Encaro meus pés esperando ela começar a falar. — Quando eu ainda morava no Brasil, minha prima se metia em cada confusão mas eu sempre estava la para a salvar. — ela sorri meio sem jeito e amara novamente seus cabelos. — Já na adolescência nós não nos falamos muito, e ela sempre procurava encrenca para meu lado, só que eu não dava esse gostinho para ela. —
— E mesmo sendo desse jeito você a ajudou e ainda ajuda ? —
— Sim, a Juliana não é uma garota má, ela apenas quer ser notada. Os pais dela sempre tiverem preferência em sua irmã mais velha, e sempre quando a Juliana fazia um erro ou não conseguia fazer algo eles a comparavam com sua irmã, falando que a mesma conseguiria fazer isso de olhos fechados. — ela se ajeita na cama e eu continuo atento em sua história. É bom saber mais sobre ela ou até mesmo sobre sua família. — Então, foi a partir dos seus 18 anos que ela começou a fazer muitas besteiras e se envolver com o que não presta. Eu a ajudei quando a gente ainda morava no Brasil, ela estava fugindo de traficantes então ela foi para os Estados Unidos e por volta dos seus 20 anos arrumou outra confusão só que dessa vez era mais grave do que no Brasil. Ela teve muita sorte que eu conheço o chefe da gangue com quem ela estava tendo problemas. Eu nunca imaginei que esse meu amigo viraria chefe de gangue, eu ainda mantinha contato com ele, e ele acabou me contando que era chefe de uma gangue que se eu queria ficar seguro nos Estados Unidos era só passar uma ligação. Pronto, é só. — ela esboça um sorriso e se levanta.
— Então você conhece um chefe de gangue ? Ouah, quem diria. Nunca imaginaria isso. — ela se aproxima de mim se sentando em meu colo, posicionando suas pernas em cada lado do meu corpo.
— Eu sei, eu tenho cara de uma anjinha. — sorrio negando e levando minhas mãos em suas costas. — Claro que sim ! — ela tenta fazer uma cara de garota inocente o que me faz rir e o mesmo tempo querer a ter para mim.
— Só a cara mesmo. — digo passando minhas mãos por debaixo de sua camiseta. Ela sorri com o olhar brilhante mas logo me para me deixando sem entender.
— Minha prima está no quarto a frente. Isso ficará para outro dia. — diz próxima ao meu ouvido deixando um beijo demorado em meu pescoço. Ela se levanta e segue em rumo do banheiro, creio eu. Essa mulher um dia ainda me deixará louco.
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Abro meus olhos devagar me habituando com o pouco de luz que passava pelas cortinas. Demorei alguns segundos para me lembrar que eu estava no quarto da garota que me deixou na seca.
Ontem a noite ficamos abraçados a noite toda enquanto conversamos. Ela me contou sobre suas férias no Brasil e como foi as aulas aqui. Claro que curiosa como ela é, ela quis saber mais a propósito de mim, e respondi o que eu pude até cair no sono. Porém essa foi uma das melhores noites que eu tive.
Sinto um aperto em minha cintura e percebo que ela ainda estava dormindo. Ela estava com seu rosto em meu pescoço, braços e pernas me prendendo a ela. Não faço nenhum gesto para a acordar. Apenas fico sentindo sua respiração quente em meu pescoço e seu cheiro invadindo minhas narinas.
É muito bom se acordar dessa forma.
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Meu Vizinho
Hayran KurguLeila Kim Carvalho, 23 anos, dona de um restaurante em Séoul (Coréia do Sul). Ele mora em um bairro tranquilo e agradável. Algumas semanas depois ela ouve barulhos na casa ao lado que normalmente estava vazia. Como a curiosidade fala mais alto, ela...