Capítulo 1

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1997
Tempo chuvoso, céu escuro como a madrugada, clima frio, mamãe estava ao telefone, papai ainda não voltara do trabalho, ah os adultos... minha irmã e eu estávamos assistindo TV, nada de interessante estava passando. Cinco dias para irmos visitar meus avós e claro comemorar o aniversário de casamento de meus pais, onde? No interior da Flórida, em Mistic Falls. Já estava tarde isso significa que era hora de as crianças dormirem, então lá fomos nós. Acordar cedinho de manhã, banhar, se vestir, tomar o café da manhã e por fim ir à escola, fácil não?! Todos dizem que o único trabalho que temos é estudar, eu particularmente não concordo. Ao chegar na escola avistei Eduard, conversamos um pouco e depois de um bom papo... começa a rotina escolar.

2018
-Como era seu relacionamento com sua família?
-Normal...
-Como assim normal?
-Bem... meu pai trabalhava no meio da semana, minha mãe ficava em casa cuidando das coisas, minha irmã e eu íamos para a escola e aos finais de semana íamos para algum lugar, geralmente para a casa de nossos tios.
-Faziam atividades familiares juntos?
-Sim...
-Tipo?
-Íamos ao parque, no shopping, ao cinema, viajávamos, entre outras coisas.
-E depois que sua irmã sofreu aquela tragédia? Vocês continuaram a sair?
-Bem... não... faltava uma peça... faltava a Cris...

1997
Cedo naquela manhã Eduard apareceu, íamos todos ao aniversário de casamento de meus pais. Todos os familiares e alguns amigos de meus pais iam, então não preciso dizer que ia ser um tédio, ainda bem que Eduard pode vir também. Ao chegarmos fomos recebidos por nossos tios e avós. Quando vi uma bola de futebol fui correndo em sua direção, Eduard veio logo atrás, até que estava legal aquela disputa, mas infelizmente tenho primos que não são nada legais. A festa estava acontecendo, mas do nada começou a serenar e só aumentava, por falta de sorte eu acabei chutando para muito longe a bola que tinha ganhado do meu avô e claro não ia perder ela por causa de uma simples chuva. Cris minha irmã mais velha, Eduard, tio Bob e papai vieram atrás de mim. Nunca tinha entrado naquela parte do quintal, parecia uma floresta, podia ouvir os passos dos outros perto de mim, Eduard e papai conseguiram me alcançar e juntos achamos a bola.
Quando estávamos voltando encontramos tio Bob todos perguntamos juntos onde estava Cris... silêncio... tio Bob diz que pensava que ela estava com a gente. Então agora fomos em busca de Cris. Nada, para piorar caí em um buraco muito profundo, apaguei. Quando estava me recuperando num vulto pude ver um tumulto muito grande, ouvi os gritos e choros de minha mãe, então senti muita dor e pude ver nitidamente técnicos de enfermagem em cima de mim, depois vi muitos policiais um deles meu tio Bob, quando perceberam que eu havia acordado todos foram para cima de mim, ouvi os técnicos dizerem que não havia quebrado nada, mamãe chegou e me abraçou tão forte que fiquei em dúvida se tinha ou não quebrado algo, vi adiante uma lona em cima de um corpo, senti que ia desmaiar novamente, meu coração começou a bater muito rápido, perguntei quase sem força e folego  quem era... silêncio... papai olhou para mim fixamente, seus olhos pareciam um oceano e sua voz tremula e sem folego falou: Cris...
Naquele momento tudo parou, só pude sentir meu coração e depois mais nada, apaguei. Ao me recobrar estava agora em um hospital, mamãe e papai quando me viram começaram a falar comigo, eu não entendia nada, olhamos uns para os outros e começamos a chorar. Depois de muito tempo nos acalmamos, a porta abriu o médico entrou e começou a me examinar disse que eu havia machucado seriamente a cabeça, colocou um remédio no soro, senti muito sono por isso dormi.

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