Cap 3 - o que o mundo pensa?

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Apesar das coisas terem começado bem com a Gabriela o maior problema vinha de casa ou seja os pais delas eram o problemas, eu odiava falar com pais, eles sempre achavam que eu estava reclamando do modo que estavam criando seus filhos e era difícil convencê-los que era apenas alguns detalhes que teriam mudar mas era sempre preciso. Eu mandei a Gabi sair e disse que era para mandar seus pais virem sem ela, ela entendeu bem, mas antes dela sair eu disse "ei Gabi na próxima semana eu trago uma surpresa para você" ela sorriu e saiu... eu sentei olhei para a poltrona que estava na minha frente e pensei que talvez eu tivesse ajudado a dar um impulso de volta a vida a uma garota aquilo já me satisfazia.

Os pais da Gabi chegaram na minha sala, o pai era bem alto cabelos longos arrumados barbudos e marrento, não tinha o perfil de alguém fácil de lidar, a mãe era uma pessoa elegante ao mesmo tempo que se via que passava seus dias apenas com a fazeres domésticos, um casal padrão de assim dizer.

-Bom eu quero ser bem direto ao ponto não quero enrolação ou nada do tipo sejam claros nas respostas -disse enquanto ia para a cadeira atrás da mesa

-Claro doutor, o que quiser saber responderemos. -disse o pai afirmando

-Bom qual modo que tratam sua filha? Digo o que dizem a ela sobre roupas aparências e formas de andar

-Bom nós não gostamos do jeito que ela se veste e aquele cabelo o jeito que ela deixa solto se prendesse iria ficar tão lindo, ela gosta daqueles colares, mas nos falamos que ela pode ser confundida com alguma coisa ruim -disse a mão enquanto olhava para seu marido

Eu pensei muito que era o velho caso, é estava certo o maior problema das pessoas que são pais e achar que o mundo não evoluiu que é preciso manter padrões para ter sucesso isso e influenciando uma pessoa que esta se descobrindo, que esta aprendendo agora novos estilos experiencias acaba fazendo eles se prenderem para as possibilidades da vida isso acaba cortando as asas de quem está para voar.

-Certo só precisava saber disso mesmo. Vou ser direto como eu disse, primeiro parem de achar que sua filha ainda e uma criança a tratem como igual e assim vão saber o que ela sente ou pensa, vocês não tem um gato ou cachorro, ou criança que vocês fazem e dão ordens como querem ela e uma pessoa formada, ela tem sentimentos, pensamentos, próprios e opinião também compreendam ela para entender e ajudar ela a sair disso tudo. Estamos muito a frente do tempo de vocês quando vocês eram jovens seus pais também reclamavam das suas roupas ou coisas assim, sabe porquê? estamos em constante evolução seus netos não serão como vocês ou como ela, nem seus bisnetos serão ou como seus netos, então seus filhos não serão também iguais a vocês antes de serem pais tentem ser amigos deles, se ela não se abre com os pais, tentem conversa sobre quais são os gostos atuais dela ou sobre o que ela pensa em vestir o que ela acha maneiro, e principalmente sejam compreensíveis e aceitem a opinião dela.

-Nossa... isso foi bem direto, não sabíamos que estávamos tão errados assim

-é estão, mas erros são normais, apenas tentem concerta os seus e vai ajudar sua filha a melhorar

-E se e pelo bem dela nós precisamos ser assim

-Ainda bem que entenderam a maioria não entendem de primeira

-Tudo bem, certo e só isso?

-Claro e só isso e tentem liberar mais ela em sair sozinha talvez, mas não deixem de cuidar sempre saibam onde ela esta e fica tudo tranquilo

Naquele momento fiquei feliz por perceber que a Gabriela tinha pais que realmente se importavam com o bem-estar dela e que iriam fazer de tudo para ver a filha bem eu sei que todos os pais se importam com seus filhos, mas alguns acham que o modo que eles estão usando vão ser 100% eficaz, bom meu trabalho já estava feito aquilo ia começar a evoluir e apenas no primeiro dia de consulta, estava muito contente o primeiro dia de trabalho não foi tão como eu pensava mas sim ainda tinha pensamentos volta e meia na minha cabeça aquilo era só uma distração eu ainda estava pensando no que afinal seria aquilo que eu guardava dentro de mim que volta e meia me assombrava, me corroendo por dentro como fogo em uma mata.

O que as pessoas não compreendemOnde histórias criam vida. Descubra agora