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Ele permanecia sentado, depois de deslizar pela poltrona negra de cabedal puro. O cheiro de queijo estava presente naquela pequena sala, enquanto um individuo - um rapaz com menos de 30 anos - observava atentamente a caixa mágica onde pequenos seres insignificantes apareciam.

Mais uma notícia de última hora despertou-lhe a atenção, que até então estava na pizza, que cheirava mais a mozarela que a qualquer outro ingrediente. Sacudiu as mãos expulsando a farinha das mesmas e tomou atenção à notícia de última hora.

No ecrã aparecia uma jornalista e, em metade do mesmo, fotos e um pequeno vídeo de jornalistas, todos em pulgas, à espera que aquele policial dissesse algo, mas foi preciso uma mulher pronunciar umas curtas palavras, para todos se dispersarem, sem não antes tentarem conseguido imagens para os seus empregos.

"A notícia que se vem a espalhar ao longo deste mês intenso de Setembro vem a assombrar a nossa nobre população. A percentagem de homicídios não pára e nunca se sabe quando poderá voltar a atacar. O FBI ainda não divulgou quaisquer informações e só sabe que todas as vítimas são do sexo masculino."

Satisfeito com a pequena porção de palavras da televisão, desligou-a e encaminhou-se pelo esguio corredor até ao seu quarto e deitou-se. Cruzou as mãos atrás da sua cabeça de modo a apoia-la nas mesmas e sem se aperceber o sono derrotou-o, nos seus lábios bailavam um sorriso. Mas não um sorriso de alguém apaixonado ou feliz. Era um sorriso maquiavélico. Algo sem explicação...

"As mentes dos criminosos nem sempre estão limpas, após vários estudos realizados concluímos que uma grande percentagem de assassinos ou 'serial killers' como a população designou tais, sofrem de distúrbios. Muitos deles não sabem de quê ou o que provoca o estado debilitado, a verdade é que é muito difícil ajudar estas vítimas de si próprias e acabam por se suicidar.

A última morte registada é de um condenado com distúrbios mentais de alto nível, muito arriscado se me permitem afirmar. Com o seu 'falhanço' perante a missão, que criou para si, perdeu contra as leis e suicidou-se. Quarta-feira de Março de 2010, a hora da autopsia foi declarada às 10.28 a.m. mais uma vez este antigo condenado ex-assassino é portador de um transtorno mental, chamado de bipolaridade.

Este suicida não recebeu qualquer familiar ou amigos na sua cremação, o falecido era o famoso assassino Miles Taylor."

 O rapaz apenas partiu durante a noite, arranjou-se e mal saiu do prédio em direcção a um bar, no coração de Chicago, foi de imediato paparicado por vários indivíduos do mesmo sexo, com piscadelas de olhos, risinhos histéricos e outros tipos de flirt. Entrou então dentro do estabelecimento, onde já havia corpos suados a dançar e outros tantos no bar apenas a beberem. Dirigiu-se ao balcão, procurando com o olhar atento, alguém. Sentou-se então naqueles bancos altos rotativos e pediu uma cerveja, que rapidamente veio a seu encontro.

Apoiou os seus cotovelos no balcão de madeira, enquanto, de vez em quando, erguia um braço, onde tinha a cerveja na mão, e trazia aos seus lábios o liquido espumante, mas sempre lúcido. Afinal não queria perder nenhuma pitada desta noite.

Os seus olhos brilhantes como os de um predador acharam o olhar de um rapaz de cabisbaixo. Este possuia cabelos castanhos escuros e olhos tão negros como os fios do seu cabelo. Tinha uns lábios carnudos que dariam vontade a qualquer um de tomá-los e esse seria um dos objectivos no final da noite.

Esperou que os seus olhares se encontrassem novamente e passado uns meros minutos de trocas de olhares o rapaz foi ter com ele.

- Olá - ele murmura de uma forma tímida fazendo o sorriso do nosso sujeito alargar-se.

- Hey, estarias interessado numa cerveja? Sou o Mason.

- Thomas -sorriu-lhe e aceitou a cerveja tomando logo o seu primeiro gole.

A noite foi-se prolongando e Thomas aceitou a boleia do seu recente amigo. A meio do caminho Mason parou perto de um beco dizendo, que estava aflito e não aguentaria nem mais dois minutos. Saiu e foi então esconder-se.

O tempo passava e Thomas começava a ficar nervoso pela sua demora, sem pensar saiu do carro e caminhou hesitante em direcção do beco, até as sombras o cobrirem. E, sem dar por isso, um pano tapou-lhe o rosto, fazendo-o desmaiar.

Este capítulo foi escrito pela sádica como a chocolate diz aha. Moi (sunshine) não quis colocar já as cartas na mesa e atacar. Então podem esperar todo o sangue e tortura no próximo capítulo que escreverei.

Não se esqueçam os pares são escritos por mim e os ímpares pela chocolate.

Então eu espero mesmo que estejam a gostar. Eu tipo AMO os vossos comentários. Tipo, eu adoro dizer tipo e adoro quando tipo me criticam porque é assim que eu 'cresço' com a minha escrita. Então muito obrigada :)

E chocolate, tem cuidado com os sutiãs aha

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