O Primeiro Contato

36 0 0
                                    

Logo após avistar o letreiro, Natasha percebeu um movimento rápido com sua visão periférica, e ao se virar, se deparou com uma pequena criatura esverdeada e com pequenas penas coloridas entre azul e vermelho.
O susto foi tão grande que ela caiu desmaiada ali mesmo e só veio a recobrar a consciência cerca de meia hora depois. Ao abrir os olhos, pôde vislumbrar cerca de cinco criaturas com as mesmas características em torno dela. Eles estavam bisbilhotando sua mochila em busca de comida. Natasha não pensou duas vezes, abriu um pacote de biscoitos e distribuiu para eles. Mal podia acreditar que Jerisvaldo havia lhe dito a verdade. Como era possível que ainda existissem dinossauros vivos, alí, em sua frente?
Natasha estava mais entusiasmada do que assustada, até ouvir um grande rugido que fez o chão tremer. As pequenas criaturas desapareceram na vegetação em um piscar de olhos, seja o que for que estivesse soltando aquele rugido, parecia assustador demais para permanecer ali. Natasha pegou sua mochila e correu até uma construção próxima. A construção tinha 6 andares, ela foi até o último e pegou um binóculos para tentar enxergar a criatura que havia soltado o rugido, infelizmente tudo que ela pôde ver foi um lago e muitas árvores.
A esse ponto já estava ficando escuro e Natasha sentia frio. Ela tirou de sua mochila um isqueiro e uma garrafa de álcool, pegou alguns galhos secos ali perto e acendeu uma fogueira. Alí mesmo adormeceu e só acordou no dia seguinte com o barulho dos pássaros cantando.
Natasha decidiu continuar sua jornada até chegar no lago. Haviam algumas estruturas no caminho, então ela não teria problemas para encontrar locais seguros pra dormir.
Ainda estava curiosa pra saber o que tinha soltado aquele rugido, então não perdeu tempo e começou a jornada.
Ela registrou tudo o que viu pelo caminho, desde pequenos dinossauros até grandes dinossauros herbívoros que avistou ao longe. Para sua surpresa, parecia não haver nenhum dinossauro hostil ali para ataca-la.
A noite se aproximava quando Natasha chegou a próxima construção em direção ao lago. Ali decidiu acomodár-se e dormir até o dia seguinte.
Ao amanhecer, percebeu apetrechos militares em volta de onde estava. Um caderno e até mesmo suprimentos. Será que alguém vivia ali? Parecia abandonado, então ela não se preocupou muito.
Pegou as notas para ver se encontrava algo interessante escrito.

Diário de Vigilância - Dia 1:

Tudo certo hoje. Nenhum incidente envolvendo os animais. A inspeção dos equipamentos de segurança revelou um problema no comunicador, mas isso será resolvido em breve.

Diário de Vigilância - Dia 2:

Escutei um rugido muito alto vindo da direção do lago, acho que tem algo grande por lá. De qualquer forma não nos é permitido nos aproximar-mos.

Natasha guardou o caderno e decidiu ir andando. Ao descer as escadas, percebeu uma porta no fundo do corredor e decidiu ir ver o que havia lá dentro. Ao abrir a porta, se deparou com um cadáver, não parecia muito velho, na verdade parecia que havia morrido há apenas algumas horas.
O cadáver segurava uma pistola na mão e tinha um buraco em sua cabeça. Natasha, assustada, caiu no chão. Tentou se acalmar e entender o que havia acontecido, deduziu que o homem havia cometido suicídio. Seria ele o dono do caderno e dos suprimentos?

Acreland ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora