❎ Completo em Amazon Kindle ❎
➡ 1° Livro da Trilogia Diários
Diários costumam guardar segredos. Mas quão fatais esses segredos podem se tornar?
Elise é uma bonita jovem que gosta de observar tudo ao seu redor, porém não sabe que também é observada...
Às vezes a vida sofre uma reviravolta tão repentina que chega a causar vertigem.
Hoje estou sentindo que algo vai acontecer, algo que pode ser maravilhoso ou destruidor.
Podem chamar de instinto, palpite ou até premonição, mas não dá para ignorar essa sensação de que minha vida vai mudar completamente a partir de hoje.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Aquele era um pesadelo para pessoas que apreciavam a paz. Elise sentia como se tivesse recebido uma bofetada de ar quente e cores berrantes, nunca tinha visto tantos adolescentes juntos em um mesmo espaço. Provavelmente metade dos estudantes do 2° ano da escola em que Cristal e Nicole estudavam havia convergido para a festa.
— Uau! — exclamou Cristal. — Quantas pessoas a Nick convidou? Isso aqui tá uma bagunça.
Elise deu de ombros em silêncio. Duvidava que a garota tímida e seletiva para quem a festa era dedicada tivesse tantos conhecidos assim. Ali estavam pelo menos duzentos adolescentes, alguns dos quais acompanhados de adultos responsáveis.
Aquilo devia ser obra da mãe da garota e de sua tia paterna, a fofoqueira mais notória da cidade, dona Beatriz Gonçalves Melo. Que por desgraça era a madrasta da garota mais intragável que Elise tivera o desprazer de conhecer.
Vanuza Melo. Se o inferno tivesse a forma de uma pessoa, seria essa.
Não querendo se demorar no meio daquela multidão, Elise puxou Cristal pelo braço em direção ao portal de flores coloridas, atrás do qual era possível vislumbrar uma grande mesa com um bolo enorme de mais de cinco camadas e um buquê colorido no topo, além de centenas de doces personalizados espalhados ao redor.
Flores de todos os tamanhos e formas enfeitavam postes iluminados em locais estratégicos do jardim da mansão de Arnaldo Melo, marido da dona Beatriz. À direita da mesa havia um painel muito grande com uma foto de Nicole, posicionado atrás de uma poltrona ladeada por pufes, onde um fotógrafo profissional registrava cada pessoa que entregava um presente e um abraço à aniversariante.
Qualquer pessoa que tivesse o mínimo de convivência com Nicole conseguia perceber o desconforto da garota por todo aquele exagero e atenção indesejada.
Elise balançou a cabeça em negação. Definitivamente era coisa da mãe estabanada e esnobe da garota. Aquele era o aniversário de dezesseis anos, nem o de quinze teve tanta pompa, pois Nicole pediu uma festa privada com a família e amigos íntimos da família. Foi elegante, com poucos convidados e de bom gosto, enquanto essa era mais parecida a um circo com muitos curiosos.
— A maioria dessa pirralhada nunca nem falou com a Nick — disse Cristal, retorcendo a boca em desgosto. — Algumas dessas idiotas vivem zoando a minha amiga.
Elise concordou, ainda em silêncio. Era como suspeitava, apesar de ser proveniente de uma família abastada, Nicole não conseguia aceitação de seus colegas por ser tímida, usar óculos, aparelho odontológico e por ainda conservar as gorduras infantis quando todas as colegas eram magras.