As Crônicas de Azrael Livro 1 A Tempestade de Fogo

A Tempestade

Ele já dormia a mais ou menos 12 horas. Era incrível o quanto um  individuo era capaz de dormi. De qualquer forma, era hora de acordar. Peguei meu cantil e despejei toda a agua em cima dele.

-Você é um folgado sabia?- Falei enquanto jogava a agua nele.

Ele acordou de supetão, sacou suas duas espadas, olhou pra mim e gritou.

-MALDITO DRAGÃO!!!- Me olhou confuso e disse- Sinceramente quando você vai parar de me acordar?

-Quando estiver morto vou deixá-lo descansar o tempo que quiser, mas por hora, preciso de sua ajuda. Se a alteza estiver disponível é claro- Falei fazendo um reverência.

-Aonde aprendeu a ser tão sarcastico?- Disse ele guardando as espadas.

-Acho que foi comigo- Disse Celeste acordando, ela parecia uma pedra dormindo nem mesmo o Soul se comparava a ela.

-Calada- Soul falou sorrindo.

-Calado você mocinho- Respondeu Celeste colocando um de seus dedos na boca dele.

Eles se beijaram.

-Vocês poderiam esperar que eu saisse- Falei me aproximando da porta.

-E tá esperando o que?- Respondeu Soul enquanto a beijava.

-Um convite formal- Comentei enquanto fechava a porta- Espero você no campo.

Era sempre assim, depois que Soul cumpriu a promessa de casar-se com Celeste ela veio morar conosco e... bom eu perdi o meu parceiro de treino, não completamente, ainda treinavamos todo dia, mas ele sempre saia mais cedo para ficar mais tempo com ela, quando ela chegava de suas viajens, afinal ela era uma barda que historias contaria? Que mentiras inventaria sobre lugares e criaturas se não conhecesse lugares e criaturas? Quais seriam os contos épicos narrados nas tavernas? Que música lendária teria na manga para uma apresentação?

Depois da iniciação estive, me preparando todo dia para este momento, o momento da aprovação. Agora teria que mostrar que sou um meio-elfo nascido da tempestade. Como a tradição manda, terei que encontrar, perseguir e matar um javali da floresta. Tarefa fácil, se o javali em questão não tivesse 15 metros de altura. Eu estava no campo, o local no qual sempre treino com meu irmão. Nada mais do que uma grande área sem arvores com uma arvore no centro. Dizem que o sopro do grande dragão Thanary criu esse lugar e que a arvore havia sido plantada por um deus por isso ela permeneceu viva até os dias de hoje, por alguma razão acredito que esse arvore é resultado da queda da estrela Arc. Há muito tempo atrás, no tempo em que os clãs fúria da tempestade eram apenas um, uma estrela caiu em nossos territórios, literalmente em nosso terrotório, a estrela caiu nas terras do pai do pai do meu pai a muitas éras atrás. Nossa casa ficou conhecida por muito tempo como a casa agraciada, pois uma parte da grande estrela ficou fincada por anos nas terras da minha familia. Até o dia em que meu pai resolveu fazer algo com ela. Minha mãe contou que ele acreditava que tudo tinha um proposito e que o destino maior sempre segue os fúria da tempestade. Meu pai estudou o fragmento da estrela por anos e descobriu que era um tipo de metal. Um metal indomável e impossível de se moldar, entretanto meu pai nunca desistiu e dedicou a vida dele a conseguir extrair do material uma liga que pudesse ser dobrada, já que não podia moldá-lo a fogo. Ele conseguiu, os membros do clã  pediram que ele levasse essa liga para o rei para que ficasse conhecido, todavia o pai sempre foi uma pessoa pacata que gostava da tranquilidade e negou o pedido do clã que prontamente o entendeu. Apartir dai ele transformou todo o fragmento nessa liga e minha mãe criou com essa liga minha cota de malha. No dia da iniciação minha mãe me entregou-a dizendo.

-Olha mocinho, eu sei que você é jovem... mas acredito que já pode entender. Seu irmão lhe entregou esse arco poderoso preparado por anos especialmente para você e agora eu lhe entrego essa cota de malha preparada com carinho...-Ela piscou pra mim e meu pai a interrompeu.