4 - Stiches

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- Jason the Toymaker's P.O.V. -

Ela dourmiu na minha cama, e eu não pude evitar de dizer a ela o que eu estava sentindo, não entendo, eu nem tenho um coração mas... Algo nela me atrai... Preciso tê-la por perto... Ela ainda estava dormindo calmamente quando eu sai, eu óbviamente a dopei antes de sair, para garantir que ela não iria acordar enquanto eu não estava lá.
Sai da sala apenas para ver aonde a casa estava mas o toque do celular me fez ficar irritado, atendi já pronto para xingar o filho da mãe quando reconheci o chiado característico da proximidade de Slender, era um dos proxies.

- Oi, quem fala?
- Adivinha? Sou eu idiota! Não está escutando a interferência não?!
- Eu estou com uma vítima sequestrada, fala rápido.
- Eh, se ferrou, precisamos que você traga os seus brinquedos aqui, o papai tem um novo queridinho e ele quer ver se consegue acordá-los com os seus brinquedos.
- ... Não pode ser depois quando eu terminar minha boneca?...
- Foi mal, não dá, ele já está bem paranóico e se você não vier ele vai aí te buscar.
- Tudo bem, tudo bem, eu vou...

Respondo suspirando e desligo o telefone, pego alguns dos brinquedos e atraso a reprodução de todas as fitas em alguns dias antes de sair, vou precisar de alguma boa desculpa...

- Luccy's P.O.V. -

Acordei com o cheiro de comida invadindo o quarto e ainda bem sonolenta eu chamei pelo meu colega de quarto, mas não tive nenhuma resposta. Ainda com preguiça eu me forcei a abrir os olhos e procurá-lo pelo quarto, eu procurei com todo o cuidado e continuei o chamando mas continuei sem resposta, eu tentei muito me acalmar, mas não deu, estavamos em um sequestro, e meu companheiro de cela havia sumido completamente sem deixar rastros, eu quase desmaiei várias vezes e continuei o procurando pelo quarto todo o tempo sem querer acreditar que ele havia realmente sumido. Me recusei a comer qualquer coisa que aquele sádico me oferecia e desmaiei algumas vezes de cansaso já que eu não conseguia dormir.
Eu desmaiei três ou quatro vezes durante esse tempo, mas na quarta vez quando meus olhos se abriram eu finalmente consegui ver Jason encostado e encolhidinho contra a porta, levantei da cama e automaticamente eu cai no chão, ele correu até mim.

- Jason the Toymaker's P.O.V. -

Meu corpo todo doía e ardia com a minha brilhante idéia de abrir todas as cicatrizes na minha pele e não deixar meu corpo cicatrizar como eu normalmente faria, isso dói mais do que eu esperava... Vejo a minha boneca tentar vir me ajudar e cair inconsciente no chão, corri até ela mesmo com meu corpo todo doendo, a músca na caixa dentro de mim acelerada e minha cabeça rodando de preocupação, a peguei no colo, mas doia muito, então eu a coloquei na cama e procurei para ver se ela havia comido qualquer coisa que fosse mas não tinha nenhum prato nem nada então supuz que ela não tinha comido nada nos últimos dias.
Peguei um prato que o quarto estava oferecendo, coloquei a bonequinha sentada na cama e comecei a dar comida na boca para ela, meu corpo ainda doia e vez ou outra eu acabava fazendo uma careta por que meu corpo estava ardendo, mas tudo bem, ela precisava da minha ajuda...

- Mm - Eu acabo gemendo um pouquinho de dor quando ela toca meu braço - ...
- Doeu?... - A vozinha dela estava bem fraca - ... Eles... Machucaram você não é?...
- ... Eu vou te contar depois... Por enquanto come um pouquinho e descansa...
- ... Tá...

Ficamos em silêncio até eu terminar de alimentá-la, fiz ela comer pelo menos um prato da comida e dei a ela um pouco do suco de uma garrafinha que estava junto do prato. Quando ela já estava um pouco menos pálida e parecia mais estável eu me aproximei com muito cuidado e dei um selinho muito cuidadoso na bochecha dela sentindo minhas bochechas esquentarem um pouco, ela faz um carinho suave na minha bochecha e nos aproxima devagar, dou a ela um selinho inocente deixando durar o quanto ela quisesse.

- ... O que fizeram com você?... Hein Jason?... Te fizeram mal?...
- ... - Balanço a cabeça sinalizando que sim - ... Está ardendo...
- ... Caramba pequeno... - Ela toca a barra da minha camiseta - ... Eu... Posso?...

Concordo sentindo minhas bochechas arderem muito, ela também está muito corada e seu olhar se trava no meu, suponho que foi para me deixar mais confortável em ter minha camiseta tirada. Ela levantou a barra da minha camiseta que a essa altura já estava encharcada de sangue por dentro e sua expressão de susto foi instantânea, forcei umas lágrimas falsas e ela limpou a trilha das minhas lágrimas e me deu um beijinho na bochecha.

- ... Ai meu Deus... Vai ficar tudo bem Jason... Tudo bem tá, deixa eu ver suas costas? - Concordei e virei de costas para que ela pudesse ver que haviam cortes, esfolados e pedaços de pele arrancada em minhas costas, ela ficou ainda mais pálida - ... Pelo amor do pai eterno!... Ah meu deus Jason isso deve estar doendo tanto...
- ... Não é tão ruim... Só arde um pouco...
- Eles te torturaram esse tempo todo?...
- ... Nem todo o tempo... - Coro bastante, eu havia planejado aquela história por todo o caminho até a minha oficina, mas deu tanta vergonha de falar de verdade... - ... E-Ela... Ela... Ela disse que... Que ia me ensinar a... A fazer um bebê... Eu... Eu não gostei... Doeu tanto...
- ... Ai meu bem, eu sinto muito... Eu sinto muito por você ter passado por tudo isso... - Ela beija a minha bochecha e me abraça com todo o cuidado, reclamo um pouco quando ela encosta na lateral da minha coxa, ela se afasta - Ai, desculpa, você deve estar todo ralado não é?... Me desculpa...

Ela se afasta um pouquinho e me dá um selinho bem delicado antes de se afastar e trazer uma maleta de primeiros socorros que eu nem sabia que tinha, que ótimo, isso vai doer...

Toy loveOnde histórias criam vida. Descubra agora