Capítulo 27

1.3K 158 8
                                    

Céline Richards

Eu não sei o que pensar, juro. Esse homem só pode estar querendo me matar desse jeito!

Nos últimos meses tudo que eu tenho falado pra mim mesmo é que amar esse homem é errado, que ele nunca vai me amar também e hoje, depois de tudo o que eu passei, ele me faz isso.

Foi uma luta para eu estar aqui hoje, eu deveria ter desconfiado antes, mas juro que só pensei em ajudar a Lili. Ela mentiu pra mim, me enganou e eu amei cada segundo disso.

Lili me disse de manhã que precisava da minha ajuda pra arranjar um vestido e eu, como a boa amiga que sou, me disponibilizei pra ajudá-la, mal sabia eu que ela queria era comprar um vestido pra mim.

Se ela tivesse me falado eu, provavelmente, não teria aceitado. Quem em santa consciência iria querer trazer uma filha de uma empregada para o baile da sua empresa?

Lili me passou a perna e depois de eu ter experimentado tantos vestidos, me apaixonei por um. Esse vestido caiu tão bem em mim que foi amor a primeira vista. Na hora, tudo que eu pensei foi que eu estava muito bonita e que eu não teria a sorte de usar aquele vestido.

Muito burrinha eu fui. Lili, que adora me surpreender, me levou pro salão onde ela e as meninas iam e me fez usufruir de tudo junto com elas. Pra depois me mandar colocar o vestido para vir aqui. Na hora eu até dei uma surtada, que maluquice eu pensei, mas então ela me disse que seria uma comemoração adiantada do meu aniversário e, como eu sei que não vou fazer nada além disso, aceitei.

Eu deveria ter imaginado que o Chandler estaria aqui, óbvio que estaria, ainda mais depois que se tornou o CEO da sua empresa de segurança, mas minha mente não previu isso e eu tomei um grande susto quando eu o vi.

Chandler não deveria ser tão lindo assim e roupa de gala não deveria ficar tão bem nele, mas ele é e ele fica um espetáculo vestido assim.

O que sempre me chamou a atenção do Chandler foi seu tamanho, sim, eu sou louca num homem mais alto e com cara de mal. Pra minha sorte e pra ferrar com meu psicológico, Chandler se encaixa perfeitamente nesse estereótipo.

— Eu acho que quero dançar. - Môni diz puxando o marido e, uma por uma, faz o mesmo com seu parceiro até que fique apenas eu e o Chandler sozinhos

— Quer dançar? - eu dou de ombros e ele levanta uma sobrancelha — Você precisa me dizer, porque eu não vou fazer nada que você não queira. - ele não está falando apenas sobre dançar comigo e, uma grande parte minha o agradece por essa promessa

— Eu preciso... - eu respiro fundo e pego uma taça da bandeja que o garçom carrega — Coragem. - sussurro antes de levar a taça aos meus lábios, mas o Chandler segura minha mão antes que o líquido encoste na minha boca

— Não beba, por favor. - eu franzo a testa — Não quero que esteja bêbada. - eu afirmo abaixando a taça

Não é como se eu obedecesse uma ordem dele, eu apenas estou acatando um pedido. Eu entendo que ele não quer que eu estava bêbada, nem eu quero isso, então eu não bebo. Somente por isso. Ele será muito idiota se achar que eu vou obedece-lo sempre.

Ele tira a taça das minhas mãos e entrega para um garçom que está passando, depois segura minha mão entre as suas mãos grandes e macias e me leva até o centro do salão.

A música leve tocada pela banda a nossa direita me relaxa. Não é meu tipo favorito de música, mas é ideal para dançar em festas assim.

Chandler me conduz levemente pelo salão, a mão esquerda poucos centímetros acima da minha bunda e a mão direita presa a minha. O toque me deixa arrepiada, mas é o olhar dele preso ao meu que me tira o ar.

Amor Profundo - Série Loucas Para Amar #6 Onde histórias criam vida. Descubra agora