Lost Diaries

Relações familiares - parte 1

Hoje, 13 de abril de 1997, estou sentado no último banco da catedral de Saint Louis, novamente com um smoking casual, dessa vez estou fitando o chão com um certo temor, e sem ouvir absolutamente nada do que o padre diz. Respiro o mais fundo que consigo e me ergo olhando ao redor, há muitas pessoas de preto e que cochicham entre si o que me causa náuseas e o que me fez levantar. Ando em passos lentos até o bebedouro, onde acabo por encher um copo com água e enfio a mão livre no bolso da calça a pousando lá, dou um gole na água e observo o vácuo.

~ Flash back on

Eu estava em um bar na Florença quando sinto o meu celular vibrar o que me fez resmungar e bufar de frustração pois já tinha o palpite de que era a minha mãe, pois a mesma sempre ligava, no mínimo, 8 vezes ao dia. Suspiro e atendo a ligação - Oi, mãe, eu estou bem e estou me divertindo com muito cuidado. - Digo meio seco e dou um gole na bebida amarga que eu havia pedido, logo percebo um grande intervalo da parte de minha mãe do outro lado da ligação, o que me fez suspeitar.

- Filho! Que bom que está bem, querido. Ah... Bom... - Ela gagueja do outro lado da linha e ouço sua respiração meio desgastada. - Mãe, o que houve? - Assim que pergunto ela responde mudando totalmente de assunto.

- Damon, já tem previsão de quando irá voltar para casa? - Franzo as sobrancelhas e engulo seco pela pergunta, não tinha pensado nisso pois havia passado poucos dias e sem mais delongas a respondo - Não tenho previsão ainda. Porque? - Minha mãe simplesmente desaba do outro lado do telefone, chorava e soluçava sem parar, o que me deixou aflito e meio que em pânico. Saio do bar com um tanto de pressa indo em direção ao hotel onde estava hospedado, ainda ao telefone e tentando entender o que estava acontecendo em casa, ouvi a voz de Stefan dizendo sobre um atentado e uma morte. Era o papai. Ele havia sido baleado, diretamente no coração, por um fuzileiro humano.

Não digo mais nada, apenas guardo o celular no bolso traseiro da calça, e o que acontece é o seguinte: pego um helicóptero que depois de algumas horas me deixa, exatamente, no quintal de casa. Recuso e ignoro as ligações no celular o tempo todo e o que mais me apavorou foi o medo de ver o corpo gélido e sem vida de meu pai, e então mudo o rumo indo para a casa de caça que fica a poucos km dali; fui andando e com o decorrer do caminho pensando e me sufocando.

~ Flash back off

Talvez eu me arrependa por não ter visto o meu pai "uma última vez", mas isso não me incomoda, foi uma escolha. Mamãe anda distante e os conselheiros andam me enchendo o tempo todo com assuntos dos fae. Stefan mantivera firme e me ajuda com algumas decisões, eu me peguei um dia desses pensando em fugir de tudo isso talvez ir para um lugar distante ou até mesmo a morte, quem sabe?

Apesar da longa demora, postei dois capítulos de vez. Por favor, o comentário de vocês é muito importante para mim! Pois assim poderei melhorar ao decorrer da história. E muito obrigada pela leitura ;) 

Postarei mais, em breve... <3