Capitulo único

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— H-Hoseok... — Não deu para controlar o gemido manhoso que eu soltei, por mais que eu tentasse parecer bravo, transparecendo sério e tentando sair daquela situação, eu sabia que os toques de Hoseok tinham um efeito absurdo e grandiosamente fodido em mim.

— Uwn... hyung... — Ele lambia o meu pescoço com a sua língua, dando diversos beijos e chupões por toda a extensão da minha pele ali que era uma área sensível, à medida que ia subindo também até o meu maxilar e encontrar a minha boca.

Eu não podia me envolver, mas era tão gostoso.

— Você está bêbado — Eu falei tentando lembrá-lo, mas quem dizem que os bêbados nos ouvem? Hoseok era um bêbado completamente teimoso.

— A sua boca é tão gostosa, hn... — Ele disse me envolvendo em um beijo, que eu retribui por uns 15 segundos, afinal a boca dele também era gostosa, principalmente com esse gosto de álcool, onde (in)felizmente era uma das poucas raras e escassas oportunidades que eu tinha de me aproveitar a beijá-lo.

Nos afastamos, e eu tentei recuperar a minha racionalidade de hyung para agir de forma responsável novamente.

— Você está bêbado, Hoseok! — Falei, mas ele me ignorou, logo segurando o meu rosto com suas duas mãos e então me puxando para um beijo novamente onde eu era incapaz de resistir.

Esse era o problema, meus caros.

Hoseok tinha bebido, e Jung Hoseok definitivamente era uma pessoa que não sabia beber. Ele ficava alegrinho, alegrinho até demais, tão alegrinho que gostava de beijar os amiguinhos por aí.

Se bem que o único amiguinho que ele beijava era eu, afinal eu nunca ouvi os outros membros reclamando de que foram beijados por um Jung Hoseok embriagado.

Porém, era eu quem sempre ficava encarregado de por algum juízo na cabeça desse menino, quando saíamos para beber sempre jogavam a cruz Jung Hoseok para mim, mas eu entendo, Jin ficava responsável por Taehyung e Jungkook, Namjoon ficava por Jimin, mas eu duvido que alguns deles quando bebem ficam soltinhos tanto quanto Hoseok.

— Eu quero te beijar hyung, muito — Ele disse. — Eu quero você, hyung, você também tem gosto de vinho em sua boca.

A única diferença é que eu sempre tinha gosto de vinho na boca, eu não me transformava em outra pessoa quando bebia. Contudo, Hoseok quando bebe parece que acha a chave para sair do armário e se aproveita disso.

Hoseok em sua maioria das vezes era uma pessoa bem alegre, divertida e espontânea, mas quando ingeria álcool ele entrava em duas fases:

↪ Fase 1º Pensativo, reflexivo, criando teorias sobre a vida e um pouco sadboy.

↪ Fase 2º A fase safada que queria transar derramando whisky no meu corpo para poder beber em mim.

Eu nunca entendi isso dele, pois no outro dia, mesmo que acordássemos nus na mesma cama e ele estivesse consciente do que fizemos, Hoseok nunca falava nada. Até parece que bebia de propósito só em expectativa pelo que podia fazer comigo depois, sem precisar dar alguma satisfação devido a bebida que nós tomávamos.

Era quase que fosse um combinado silencioso com acordo de ambas as partes: "Eu bebo, a gente se pega gostoso, mas não falamos nada sobre isso depois"

(Combinado esse que eu não deveria aceitar, mas fazer o que se já estava rendido com aquele pacto do inferno? E confesso, se o inferno fosse Jung Hoseok de cabelo vermelho, eu adoraria que ele me espetasse com o seu tridente)

— Não podemos... — Eu disse, mesmo que minha mente pensasse o contrário, afinal eu estava querendo muito, querendo tanto ele.

Como o filho da puta podia ficar tão lindo com as bochechas coradas?

— Você sempre fala isso, mas sempre acaba chorando no meu colo, hyung — Ele sussurrou de forma rouca contra a minha orelha, me fazendo arrepiar, e então eu senti o meu corpo ser jogado na minha cama e Jung Hoseok ficar por cima de mim, tirando desajeitadamente a sua camisa.

Ele não devia fazer isso comigo, eu tenho coração fraco perante a sua incrível beleza e sedução.

Quando menos percebi todas as nossas roupas estavam no chão, e os nossos corpos nus, desnudos, na cama se encontravam em desespero um pelo outro. Era sempre assim.

Minhas mãos navegavam no seu corpo como se fossem um barco em meio a tempestade, de tal forma Hoseok fazia o mesmo comigo. Nós nos tocávamos de todo jeito intimo e provocante que podia existir, ao mesmo tempo em que nos beijávamos deleitosamente.

Eu podia negar, mas seria mentira. Eu adorava o sabor de álcool da boca de Hoseok.

Tapa na bunda, na cara, arranhões que eu dava em suas costas, chupões, mordidas. No final eu era apenas um quadro em branco sendo pintado por ele nas cores do nosso prazer.

Ele me virou de bruços na cama, e então pegou a garrafa de Whisky que estava na cômoda ao lado, e foi despejando o líquido sobre as minhas costas, me banhando como se eu fosse sua taça de cristal.

Nem sempre gostávamos de matemática, mas adorávamos brincar com os números e fazer as nossas próprias contas, por exemplo, quem explicaria que 1+1 na verdade para nós era igual a 69?

E quando estávamos no mesmo ritmo, conectados através do sexo, nos movendo em sintonia em busca de mais e mais... Eu sentava com vontade, e ele se movia como se fosse um aventureiro em busca do Eldorado. E tudo isso acabava em uma grande explosão de sensações prazerosas.

Hoseok tinha razão, eu sempre acabava chorando em seu colo.

Depois do fim, não era utilizado um ponto final.

Deitávamos na cama, nos abraçávamos suados, e então colocávamos um ponto e vírgula no que fizemos;

Pois aquilo não era um fim, era só uma pausa, uma pausa até Hoseok beber de novo e acabarmos emaranhados em baixo dos lençóis sujos de porra novamente.

☾☼☽

Acordei sentindo os raios solares invadindo a minha janela e queimarem no meu rosto. Bocejei então tomando coragem para me despertar, olhei para o lado, e lá estava Hoseok. Ele se remexia, parecia ter acordado também e confirmei isso quando abriu os olhos e me deu um bom dia.

— Bom dia — Eu respondi, esperando que ele tivesse alguma reação negativa pelo que fizemos noite passada.

Mas tudo que ele fez foi se levantar despreocupadamente a procura da sua cueca que estava no chão, e então a vestiu, junto com a camiseta e a bermuda.

— Hey, hyung — Chamou.

— O que? — Perguntei

— De noite o pessoal vai naquele bar novo que inaugurou centro da cidade, você vai também, né?

— Não sei ainda, tenho trabalho para fazer — Expliquei. — Você vai?

Será que Hoseok sentia culpa? Ou ainda teria coragem de afirmar que gostaria de beber mesmo depois de tudo que fizemos?

Que pergunta boba, é claro que ele iria, ele sempre ia se esconder atrás de um copo de tequila para poder ficar comigo sem remorso.

E eu não negava, gostava. Afinal eu sabia que por mais que nunca admitisse depois do que fazíamos, Hoseok era bem ciente de seus atos, e parecia adorar.

— Claro que vou — Ele deu uma piscadinha maliciosa na minha direção juntamente com um sorriso safado. — Sabe que eu quero ficar "bêbado" novamente.

One more drink, one more nightOnde histórias criam vida. Descubra agora