One Of Us

A Batalha Ciners - Cipher + Pines (Parte 02)

Por Bill Cipher

— Ora, seu… – ela disse vindo na minha frente segurando o seu escudo fortemente. - MALDITO! IDIOTA! ORDINÁRIO! – Disse ela, dando socos e batendo com o seu escudo em mim.

A cada golpe que ela dava, a cada palavra que ela dizia, eu ria mais e mais alto a cada segundo. Eu posso ser: louco; psicótico; sociopata; demoníaco etc, etc, etc. Mas nunca serei um fracassado.

Ai, criança querida… Você não sabe o quanto eu adoro ver você chorando, você achando que a sua vida desabou como cinzas da escuridão… Ver você sofrer, te deixar confusa a cada passo, é uma das únicas coisas que me faz ficar mais forte e vingativo a cada dia de minha vida nessa maldita dimensão.

Eu levava vários socos no meu rosto. Eu já estava deitado no chão com o rosto todo ensanguentado e com a bochecha levemente roxa. Ela estava sentada nas suas panturrilhas e chorando à beça enquanto falava palavras que para ela, definiriam o meu ser. Eu ria muito a cada golpe que ela dava em meu rosto.

Mas querida, eu sou muito mais do que você imagina. Então se quer me ver bravo, talvez você consiga. Mas não agora. Eu só estou levando na boa o que você faz comigo… Desde você até o seu tio avô Stanford.

— Do… DO QUE VOCÊ ESTÁ RINDO, SEU DEMENTE?! – Ela gritou dando um forte tapa em meu rosto. Eu dei mais uma gargalhada e ela, ficou confusa, mas se mantia forte. – RESPONDA-ME, DEMÔNIO!

Eu, apenas dei mais uma gargalhada de olhos fechados. E quando eu os abri, foi na direção de seu olhar. Onde ela, foi lançada bruscamente para longe de mim. Dando vários impactos nas gramas da quadra. Onde, logo, o céu começou a ficar cinzento e cair alguns pingos de chuva sobre mim.

— Levante-se, Pines… Desejo saber do que a senhorita é capaz… Aliás, não é assim que trata seu anfitrião… – falei me levantando com a ajuda da minha bengala dourada que a fiz aparecer. Logo, eu fui limpando o sangue que estava ficando seco em meu nariz.

— Oh-Oh! Parece Que Agora é Que Vai Haver Mais Chamas No Vosso Inferno! O Poderoso Bill Cipher Foi Desafiado Ao Nosso Próximo Hound! Monstrengos e Demônios, Venham a Assistir Esta Maravilhosa Luta! Uma Humana Contra um Mega Demônio das Trevas! Rápido! Antes Que Fique Lotado! – O homem, gritava enquanto mais o público aumentava. Excelente!

Mabel estava no chão. Tremendo e gemendo de dor. Posso estar bem longe dela, mas dava para ver e sentir o quão ela estava perturbada. Assim, eu fui caminhando calmamente até ela. E enquanto ela chorava, ela tentava se afastar para trás.

— Por favor… Não… Lhe peço… Por favor, não me mate… Não agora… – Eu pus a minha bengala ao lado de seu ombro direito e  me apoiei no mesmo e me abaixei. Limpei mais um pouco do sangue de meu rosto e eu, dei um sorriso. Fazendo a minha boca se alongar e ficar no tamanho do rosto. E os dentes, é claro, que ficaram afiados e saia gosma preta de minha boca e a língua, estava toda cheia de gosma negra, que parecia que estava suja.

Assim, a cada gosma que caia em sua face, ela gemia de dor e fechava fortemente os seus olhos. Aproximei mais o meu rosto do seu e a minha língua afiada, passou pelo seu queixo até a sua sobrancelha. Ela deixou uma lágrima cair de seus olhos.

Aliás, eu posso muito bem aproveitar este momento de fraqueza dela e a matar com a minha mais nova espada e BUM! Um Pines a menos.

Mas vejamos… Hum, não. Não quero que isso pareça clichê, mas eu estou a fim de torturá-la e a deixar loucamente perturbada e maluca o bastante para ela pensar que está no inferno. Mas que pena… Mal sabe ela que o seu mundo, é o próprio inferno. E enquanto a mim? Digamos que eu serei tipo o sugador e o manipulador de sua merda de mundo perfeito.

— Talvez esteja certa… Mas saiba que eu não desistirei assim tão fácil, Mabel. Eu sou muito mais poderoso do que pensa que sou.

Minha voz de grossa, ficou para a normal enquanto o meu rosto voltava ao normal. Ela se sentou hesitada e disse, tentando ter o maior espaço entre nós:

— O… O que é você?!

Dei uma gargalhada alta e ela, estava com o semblante assustado.

— Mabel, querida… Digamos resumidamente que eu sou o mais pior do que um dos seus "Piores Pesadelos"… Mais ruim do que aqueles bonecos de massinha de televisão que você tem medo… Mais pior do que você andar pela uma floresta obscura sem rumo algum. Sem comida, sem celular, sem sinal. Sem consciência de como foi parar ali… Sem ninguém para te ajudar… – Eu dei um sorriso maldoso para ela e assim, ela começou a recuar mais e mais de mim. Indo para o mais longe possível de mim.

— Apenas pare… Não… Toque nesse assunto de… Pesadelos… Eu te peço! – Ela dizia arfante enquanto tentava se segurar para não chorar mais ainda.

— Por que? Foi você quem quis saber o que eu sou. E eu estou te respondendo, minha cara garota!

Ela se afastou mais de mim e se levantou com dificuldades e saiu correndo para trás.

— APENAS PARE DE ME TRATAR ASSIM! EU ESTOU FICANDO LOUCA! PARE! – Ela gritava enquanto corria com dificuldades e eu, já em pé, levantei a minha mão e ela, pareceu congelar na grama e assim, veio até mim e logo, apareceu correntes azuis pelo seu pescoço, pernas e pulsos.

A descongelei e soltei uma risada macabra escoar pelo local. Onde estava super silêncioso. Ainda mais agora, que estava chovendo fracamente.

— Digamos que você não pode mandar no que eu posso ou não fazer, Pines… Se você ainda não percebeu, não sou eu que estou te fazendo ficar louca com o tempo. É você mesmo que a faz ficar. Você se importa tanto com os outros, mas e enquanto a você? Como você consegue sobreviver assim?

Ela só fechava fortemente os olhos e chorava. O público e o homem do microfone, estavam muito atenciosos a nós. Dei um sorriso com isso e voltei o meu olhar para ela.

— Tente auto se vigiar, garota. Todos nós temos dois lados: O lado piedoso e o lado negro. Mas nós, só temos de saber com qual deles escolher.