Meu namorado é uma Gumiho ▪ JIKOOK

633 d.C.

Oi galerão :)
Não esqueçam de comentar e votar na fic, por favor ;)
Valeu e boa leitura

Capítulo com: YuraSugaLipidio

¤~¤~¤

Silla, Gyeongju, ano de 633 d.C.

-Acordem todos os empregados do palácio, chamem a governanta imediatamente e corram até o povoado! Quero que convoquem a parteira, com urgência!

O rei ordena, aos berros, aos guardas que se encontravam em frente à porta do quarto - Avisem que a Rainha entrou em trabalho de parto!

E aquela afirmação foi dita com tanto desespero que, em segundos, os soldados saíram apressados para cumprir as ordens de Vossa Majestade, um empurrando o outro, quase passando por cima dos que surgiam no caminho, enquanto o rei voltava para os seus aposentos, à fim de verificar a condição de sua esposa.

Ao entrar, se deparou com a ômega contorcendo-se de dor em meio aos lençóis amassados, suando frio, as sobrancelhas franzidas, os dedos cheios de tensão, e murmurando palavras desconexas, sem sentido algum. Aquilo havia começado do nada e o alfa não estava esperando que seu filhote fosse nascer tão cedo, mas havia acontecido.

Ele era o rei, fora criado para manter a calma em situações de desespero, mas era bem visível o quanto se encontrava desesperado e assustado. Quem poderia o culpar? Não é como se fosse normal acordar, no meio da noite, com sua esposa dando a luz e gemendo de dor, cada vez mais alto, os olhos castanhos assustados, como se estivesse a beira da morte.

-J-jisung... - ela clamou pelo marido que, prontamente, se encaminhou para sentar-se ao seu lado - E-está doendo! Está doendo muito! - disse ela, a voz fraca, ainda que numa exclamação, e cheia de desespero.
Os olhos carinhosos do rei se fixaram na esposa e ele precisou respirar fundo para não derreter em lágrimas ali mesmo, naquele segundo. Não podia se permitir desabar quando sua ômega já se encontrava caindo num precipício.

-Fique calma, Sarang - ele instruiu, apertando uma das mãos da moça. -Logo irá passar - o rei acalmou sua mulher enquanto afagava os cabelos da mesma e apertava ainda mais a mão enfraquecida. - Pense que, em pouco tempo, iremos conhecer nosso pequeno príncipe - falou ele, sorrindo forçadamente.

-M-mas... AH! - a fala da rainha foi interrompida por um grito de dor repentino, devido a forte contração em seu baixo ventre. Os olhos amendoados da ômega tomaram uma cor avermelhada e se arregalaram, o corpo delicado se contorceu e a voz pareceu morrer após aquele último som, preocupando o alfa.

A mudança na íris dos ômegas só acontece quando estes entram no cio ou em momentos nos quais suas vidas correm grande perigo, pois, o lobo interior, se manifesta em modo de proteção, tomando conta do corpo e tentando resolver algum problema no mesmo.

O rei, ao cogitar essa possibilidade, saiu do quarto correndo. Os olhos castanhos arregalados em puro desespero, lágrimas finas se formando abaixo das orbes profundas e almejavam escorrer pelas olheiras roxas, apenas para gritar, em plenos pulmões, com sua voz de alfa, exigindo que os empregados se dirigissem imediatamente ao quarto principal.

Não demorou muito para que várias mulheres com o hanbok mal-colocado e os cabelos desgrenhados já estivessem no cômodo, levando panos, bacias com água limpa, chá e ervas medicinais consigo. Junto delas, os dois guardas de confiança do rei voltaram, trazendo com eles uma senhora de estatura baixa, beirando os sessenta anos, rugas bem aparentes ao redor dos olhos, nariz caído, corpo um tanto curvado e expressão indecifrável.