II - O fascínio da cidade

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Havia chegado de madrugada na cidade do Rio de Janeiro. Com o pouco dinheiro que roubei do cofre do meu pai, consegui me hospedar em uma pensão. A pensão era em um bairro mediano da cidade, onde vários refugiados moravam, cada um com uma história diferente. Busca de vida melhor, fugindo da guerra... O quarto mais barato era duplo, ou seja, teria que dividir com alguém.

Torcia para ser mulher.

A dona do estabelecimento parecia ser bem gentil e acolhedora, me mostrou toda a casa e suas regras. Disse que almoço ela cozinhava, mas café da manhã e janta não!  Me deu a chave do quarto e me desejou boa sorte.

Subi as escadas que estavam cedendo de tão velhas e segui pelo corredor pouco iluminado. O ambiente era úmido, mas limpo.

Entrei no meu quarto, era pequeno e havia uma beliche ; na parte debaixo era toda arrumada, roupa de cama nova. Na parte de cima, onde eu supostamente dormiria, estava lotada de roupas, maquiagens e sapatos.

"Ufa, minha colega de quarto é uma mulher."

Sentei em uma cadeira de canto que ficava no quarto e olhei para a paisagem que o quarto proporcionava, a brisa do mar ventilando meu rosto me fez viajar pelos meus pensamentos.

Estava perdida, não conhecia ninguém e por alguns momentos, pensava em voltar para África e pedir perdão por tudo que fiz. Fui interrompida quando senti um perfume doce entrando no quarto.

- Inhaí bixa. - Olhei e me assustei. Era uma mulher... Homem?
- Olá... Quem é você? Acho que você entrou no quarto errado.
- Quem sou eu? Quem é você pra falar assim comigo! Eu sou Natasha Caldeirão meu amor! E você quem é? O que você tá fazendo aqui no meu quarto? Você não é um viadinho pão com ovo não né? Perai... Mirellaaaaa corre aqui!!!!!
- Calma, calma... Eu me chamo Luanda, vim da África tentar uma vida nova aqui.... Me deram a chave desse quarto por isso estou aqui.

Nesse momento, chegou uma outra mulher com características de homem segurando um pedaço de madeira.

- Me chamou? - suspeitei que era Mirella.
- Chamei, mas pode ir. - ordenou Natasha. E assim fez sua amiga.

Natasha logo me olhou de baixo para cima, analisando cada parte de meu corpo.

- Você não é pobre. Porquê está aqui nesse lugar?
- Prefiro não contar, longa história.

Minha colega de quarto olhou assustada, mas me respeitou. Tirou suas coisas da beliche de cima e disse para me acomodar, como ela sabia que eu tinha vindo da África e estava sem amigos, me chamou para sair mais tarde e eu aceitei, claro.

- Se arruma bastante que o rolê é babado! Cheio de gente famosa e bonada...

Rimos juntas e me senti segura. Eu estava começando a me acostumar com o jeito acalorado dos cariocas.

E aí gente, gostaram? O que vai acontecer nesse rolê com a Natasha? Muitas emoções e perigo? Me falem o que acharam desse capítulo, mais tarde tem mais!!!

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E aí gente, gostaram? O que vai acontecer nesse rolê com a Natasha? Muitas emoções e perigo? Me falem o que acharam desse capítulo, mais tarde tem mais!!!

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Beijos, Millena.

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