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Carlos e João estavam cansados, então ficaram dormindo em casa .

L Depois de jogar, fui até o muro da casa do meu tio sentar e tomar um ar, e então veio Guilherme sentar comigo.

G. What's up
E. Ué...
G. Significa " e aí"
E. Ahhh - começamos a rir.
G. Você já dormiu longe dos seus pais alguma vez?
E. Sim, muitas vezes, mas é a primeira vez de Carlos, ele ficou meio inseguro de não dormir perto de nossos pais...
G. Ah sim... - ficamos num silêncio, até que Guilherme resolve quebrar - sempre que a gente senta aqui juntos, eu me lembro dos anos passados... Os que a gente ainda não se falava.
E. Por que?
G. Tudo mudou de um dia para o outro, a gente começou a se falar e nos beijamos no mesmo dia...
E. Verdade, as coisas mudaram bem rápido mesmo.

Estávamos tendo uma boa conversa, mas fomos interrompidos pelos pais de Guilherme, chamando a gente para ir embora, pois já estava tarde, levantamos e deixamos todos irem na frente, fui tomar água enquanto todos estavam indo, dei tchau para meu tio, e eu e Guilherme fomos. A lua como sempre brilhante e iluminando a estrada, então nem usamos as lanternas, ficamos conversando, então ele pegou em minha mão, e fomos de mãos dadas o caminho todo, entramos em casa e colocamos nossas roupas de dormir e fomos para fora da casa, fizemos uma rodinha, acendemos as lanternas e ficamos conversando, eu, Lary, Dri, Aryel, Gui e Rafael.

L. Ó, mas tá um tédio né?
Dri. Demais, eu jurava que ia ser mais legal.
E. Eu também.
R. Ah gente, vocês esperavam o que? A gente tá acampando e não num parque de diversões.
Dri. Ixi, grosso.
R. Eu não fui grosso - e começou a rir.
G. Hey, podíamos ir naquela barragem que achamos hoje cedo ....
Dri. Aquela que tem uma "cachoeira" no meio do mato.
E. Verdade, mas eu não tenho roupa que eu possa molhar, eu só tenho a roupa que eu vim, esse pijama e mais uma roupa que é pra eu ficar amanhã...
L. Nem eu tenho - todos nos intreolhamos
R. Eu peguei 3 camisetas minhas pra trazer, e estão na minha bolsa.
G. Ah, eu posso emprestar uma camisa minha também se precisar.
L. Ah, a gente vai entrar de calcinha?
Dri. Poxa, pior que meus shorts não vão servir em vocês são muito pequenos, muito menos os dos meninos que são muito grandes.
Ary. Mas eu acho que as camisetas vai ficar grandes e vão tampar.
Dri. Se vocês quiserem, eu posso usar uma também e fica nós três do mesmo jeito - Ela começou a sorrir, e me abraçou.
E. Então nós vamos?
G. Vamos. - e todos nós começamos a sorrir.

Entramos em casa, e Guilherme me entregou uma camisa dele, toda preta e bem grande, tirei o short e deixei na barraca em que eu vou dormir, junto com a blusa do meu pijama. Adrielle já havia vestido a blusa do Rafael, Aryel estava pronta, Guilherme também, faltavam apenas o Rafael e a Larissa, Dri estava sentada no sofá, então fui até ela e deitei minha cabeça na perna dela e o corpo no sofá, o resto do pessoal estava lá fora esperando, Lari e Rafael estavam no quarto, conversando, rindo e eu comecei a observar, eles pareciam eu e o Guilherme... Peraí, começou a rolar um clima entre eles? Mas... E Adrielle?

Olhei para a expressão de Dri, que estava de cara fechada, por ciúme, então eu comecei a puxar assunto e distrair ela...

Depois de quase dez minutos, já estávamos na estrada andando e indo para a barragem, Larissa estava andando com Rafael na frente, eu e o resto do pessoal fomos atrás. Guilherme pegou em minha mão, estávamos sendo iluminados pela luz de apenas uma lanterna com a ajuda da lua. Toda vez que Guilherme está junto, eu me sinto tão bem, segura e leve, não sei nem descrever a sensação.

Assim que chegamos, já fomos pulando na água, fui para o lado de Adrielle conversar com ela, estava evidente que ela estava com ciúmes de Lari com Rafael. Todos nós pulavamos na água, dançávamos, cantávamos e nos divertiamos, ninguém estava pensando nos problemas, ali era só nós virados contra um mundo de guerras. Depois de duas horas de muita diversão, resolvemos voltar a barraca.

Assim que chegamos na barraca, todos nós trocamos as roupas e ficamos sentados em frente as barracas no escuro, conversando e olhando as estrelas, aqui tem pouca luz, poucas casas então da para ver o céu estrelado.

Dri. Cara, melhor noite.
G. Verdade irmã, melhor noite.
L. Imaginem agora, se não estivéssemos ido, o que estaríamos fazendo?
A. Sofrendo sendo picados por mosquitos.
R. Ainda bem que fomos, se não a gente ia morrer de tédio.

Eu estava bem cansada, então entrei numa das barracas, logo em seguida Guilherme entrou também, ficamos conversando, então ele se deitou, e eu deitei encostada nele.

Ele dormiu primeiro, e eu perdi o sono e me afundei nos meus pensamentos, eu não consigo tirar da cabeça aquilo que Aryel disse aquele dia "Juliana" eu ainda penso em, Será que ele namora?, Mas sempre que eu pergunto, ele diz que não, ele jura que não e eu quero acreditar, pois o que temos é lindo e profundo mas eu tenho medo de ele já ter uma outra pessoa em São Paulo, eu gosto dele, acho que apesar de sermos primos isso poderia sim dar certo, mas por outro lado a nossa família ia cair em cima, íamos sofrer pressão social por conta do parentesco, mas poderíamos passar por cima de tudo, porém eu fico com o pé atrás pela "Juliana" e se ele realmente estiver namorando e estiver mentindo pra mim? Eu sou do tipo de pessoa que tenta acreditar no melhor das pessoas, e eu quero acreditar nele, e que ele não está mentindo pra mim, daqui a dois dias eu vou para casa e eu só quero ver como as coisas vão ser lá em São Paulo. Aos poucos fui pegando no sono, até que enfim, eu dormi.

Amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora