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Assim que paramos de nos beijar, ele deu um sorriso, e deu um beijo em minha testa, depois ele foi embora, meu mundo voltou para a um kkokooo realidade. Cassetada... E se meu pai descobrir ? Eu tô lascada. No meio do mato, tem uma "escola" na verdade, é só uma sala, e tem um "muro" que é bom para ficar sentado e tem sombra é muito bom. Guilherme sentou do lado de Adrielle no muro, e eu sentei do lado dele. Eu estava vermelha, com mil e um pensamentos.

A. E aí?
G. O que ?
A. Eu vi, vocês fazem um casal bonito.
E. Meu Deus Adrielle. - começamos nós três a rir.

Então ficamos conversando, conversando sobre várias coisas, nós três, aqui é muito calor, então qualquer sombra vira um paraíso, ficamos rindo, conversando, aqui não tem muita coisa para se fazer, é bem afastado da cidade, não moram muitas pessoas aqui, mas em determinada época do ano as pessoas da cidade vem aqui, igual agora, esse ano eu nem ia vir, mas como estava acontecendo uma guerra de brigas lá em casa, tive que vir de última hora hora.

Eu não paro de pensar no beijo, cara, se meu pai descobrir, meu Deus. Vamos separar a família em duas partes, a parte da minha avó e a do bisavô, a parte da minha avó são rígidos e a do bisavô são suave, eu sou da minha avó, Guilherme já é da parte do meu bisavô. Quando eu era criança, eu vivia indo ver meu bisavô, quando eu era mais nova, ele vivia brincando comigo, ele é uma pessoa forte.

Eu, Adrielle e Guilherme resolvemos arranjar algo para fazer, mas aqui, não há muitas coisas a se fazer. Começamos a andar, andar, andar e chegamos numa casa, uma casa que nunca tínhamos visto, ah mas também, entramos nos mato alheio, cada caminho de roça que nós achávamos já estávamos entrando, nada mais justo achar coisas, lugares e pessoas que nunca aviamos visto. Enfim, era uma casa estranha, bem diferente dos padrões da roça, ela tinha dois andares, era escura, toda de madeira que estava sendo tomada pelos cupins, a grama estava média, a casa estava aos pedaços, toda escura, fomos chegando perto da casa, parecia que estava abandonada. Então começamos a andar em volta da casa, assim que estavamos indo para os fundos da casa, escutamos um "SAIAM DAÍ AGORA", num piscar de olhos já estávamos correndo desesperados até a estrada, corremos por um bom pedaço de terra, até pararmos.

E. Eu tô cansada.
A. Eu também...
G. Gente, o que foi aquilo? - ele diz ofegante, e ainda sim rindo.
A. Eu não sei, acho que deve ser alguém da casa vizinha.
E. Eu também acho. Só sei que assim que eu escutei, já comecei a correr.
G. Eu também. - começamos a rir e andar em direção ao muro da escola onde estávamos sentados.

Ficamos todos ofegantes, já que corremos por bastante tempo. Ficamos sentados por bastante tempo. Então resolvemos ir para casa do meu bisavô, chegando lá Carlos estava lá e veio até a mim, e me abraçou.

E. Você veio sozinho meu neném?
C. Mamãe e papai me deixaram ficar aqui com o João, aí eles falaram que quando você chegasse era para eu voltar contigo irmã.
E. Ah sei.... Vai lá continuar a brincar, ou você já quer voltar ?
C. Vou voltar a brincar - e ele começa a rir, e eu começo junto, e ele vai brincar.

Sentamos no sofá, eu no meio, Guilherme e Andriele dos lados, então ficamos jogados, Guilherme pegou na minha mão, e Adriele deitou no meu ombro. Aryel entrou na sala, olhou para nossas mãos juntas.

Ary. Juliana saberá.
G. Cala a boca Aryel - em seguida ela saiu da sala com deboche, e eu soltei a mão dele.
E. Quem é Juliana ?
G. Minha ex...
E. Ah... Vocês terminaram a muito tempo?
G. Aham.
E. Então porque a Aryel disse que vai falar com ela, sendo que vocês terminaram e ela não tem mais nada haver com você ?
A. Prima, Aryel é doida. Vou tomar banho...
G. Ah não, eu ia primeiro.
A. Seu rabo eu vou primeiro.
G. Quero só ver. - os dois levantaram do sofá e foram correndo para o banheiro.

Depois de uns cinco minutos Guilherme volta com cara de deboche.

G. Cê acredita que ela conseguiu entrar primeiro? - depois ele começa a rir.
E. Misericórdia. - comecei a rir junto.
G. Aiai
E. Tenho que ir embora, já está escurecendo.
G. Quer que eu te leve?
E. Não, meu irmão tá aí, eu vou ir com ele.
G. Ah, sim... Posso ir procurar ele contigo?
E. Vamos... - começamos a andar, mas eu não tirava o "Juliana saberá" da cabeça.
G. O que foi?
E. O que foi, o que?
G. Essa cara aí.
E. Uai...
G. Doida.
E. Você tá namorando?
G. Não.
E. Certeza? Se tiver pode falar...
G. Não tô ué. Quer ver as mensagens no celular? Como prova.
E. Não, eu acredito em você.

Fomos até o Carlos, chamei ele para ir embora, falei tchau para o Guilherme e fomos embora, eu e Carlos. Ele foi o caminho todo, falando o quanto estava feliz, e o quanto ele tinha brincado hoje, contei da casa que havia achado com os nossos primos hoje de tarde. Chegando em casa, dei um beijo na bochecha da Larissa, e minha mãe mandou eu dar banho no Carlos, pois mais tarde iríamos ir para a casa do meu tio. Geralmente todo mundo que vem de São Paulo, de noite vai para a casa do meu tio, porque lá todo mundo se reune aí fica legal, aí a gente sempre vai, porque o pessoal que mora aqui, é acostumado a dormir cedo, então para não atrapalhar, nós todos vamos na casa desse meu tio, ele também é da cidade, mas ele tem uma casa aqui.

Dei o banho no Carlos, e após isso ele foi para o quarto, e Larissa colocou a roupa nele. Tomei meu banho, lavei meu cabelo, depois fui trocar de roupa, passei um rímel.

Amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora