Um garoto diferente

Não durou.

Foram algumas semanas, até alguns meses. Pra ela foram os dias mais incríveis, os melhores momentos, Mas... Como todos os outros, não durou.

Tudo lembra. O banco do Outback, as caminhadas no shopping, aquele milk shake, o ponto, o ônibus. as mensagens, ligações, a importância, preocupações, as conversas, músicas, passos, fotos. "Aaaah como lembra".

Faziam alguns dias que ninguém havia falado com ninguém. Até ele fazer um breve comentário sobre a história escrita. Nessa mesma conversa teve aquela frase "Eu queria ficar contigo, MAS…" pois é, esse "mas" sempre aparecem nas histórias.
Prosseguindo, marcaram para esclarecem as coisas.
Ela sabia que aquela conversa não iria resultar nas convicções que tinha feito na própria imaginação, mas foi.
Não tinha concentração trabalho, estava ansiosa, com medo e ao mesmo tempo segura. Ah e com saudades também.
Prosseguindo. Ao terminar o horário de trabalho ela foi encontrar ele (Não sabia se comia as unhas ou chorava). E lá estava vindo ele, do mesmo jeito.
(Juro que ela queria pular, abraçar e não conversar mais sobre nada), porém vamos ter maturidade.

Ele foi. Se ela soubesse que teria sido o último encontro, talvez tivesse abraçado mais forte, segurado a mão dele com mais intensidade, sentido o perfume mais vezes para sentir ele quando fosse embora. Ela ficava tão nervosa perto dele que ela não parava de falar. Se ela soubesse que teria sido a última vez, talvez teria falado menos, chorado menos e ficado ali, mesmo quieta por ele gostar de silêncio, mas ali. Ali! Me digam como pode ele não sentir nada? Não se sensibilizar com aquele rostinho dela toda apaixonada, me diz como ele não sentia saudade da voz irritante dela, das mensagens gigantes, sera que ela não era tão bonita? Ou será que era muito infantil? Aonde estava o erro? Me diz como ele conseguiu viver algumas semanas sendo tão fechado? Por que não permitiu que ela entrasse? São tantas perguntas que passaram na cabeça dela que as fantasias já não tinham mais espaços, apenas a realidade.
Ela sabe que hoje não era pra ser, que fez o que fez por que o sentimento falou mais alto, que se jogou por quê ela se sentiu confiável, mas não existe um culpado, esse encontro foi uma divisão de águas, mesmo querendo, não deu.
E a última coisa que fez foi "E você está bem?" E a resposta foi o Silêncio. Como da primeira vez, como todas as vezes, poucas palavras, poucos momentos e de verdade desejo que encontre alguém que seja como o seu silêncio.