O Playboy Da Zona Sul

Quatro

Ricco
11 anos antes

Quem diria que eu poderia ter uma amizade com uma mulher, confesso, às vezes ela me confundia, era estranho gostar da sua companhia, e de como as coisas pareciam mais simples ao seu lado.

As mulheres sempre se interessaram pela minha beleza e dinheiro, e eu? Eu me esbaldava com isso. Afinal cada um oferece aquilo que lhe convém.

Mas com ela... com ela, eu não precisava flertar - embora fizesse - Maria tinha um jeito distraído e ao mesmo tempo muito focada nos seus estudos, eu sentia inveja dela.

Ela não sorria com tanta facilidade, mas eu conseguia arrancar algumas gargalhadas suas e era tão... - especial - Nem sei porque isso importa para mim.

Todavia, eu gosto do seu companheirismo, é seguro querer o seu bem e por mais que ela tenha tentando me impedir de ser seu amigo - e fracassado em todas as tentativas - felizmente, Maria logo compreendeu que não pode lutar contra a minha teimosia e acabou cedendo.

♡~▪︎~♡

Priscila - minha irmã caçula - logo se afeiçoou a Maria, o que eu posso dizer, ela possuía uma natureza gentil e feliz.

Embora fosse bastante acanhada, Maria cativava as pessoas ao seu redor, e isso certamente poderia colocá-la em encrenca.

- Você já reparou como o Vicente te olha? - minha irmã interroga.

- Quê?! - Maria ri, nervosa.

- Você acha que rola?

- C-como?! A...e... não s-sei.

Quando a governanta passa por mim no corredor, eu bato na porta do quarto de Priscila.

- Está na hora de se levantar, o café da manhã já foi servido. - aviso.

- Oh certo! - ela abre a porta abruptamente e fecha logo em seguida - Maria vou te esperar lá embaixo! - avisa.

- Tudo bem. - ela responde do lado de dentro.

- Maria está trocando de roupa, tirando o pijama e colocando algo mais apropriado - Priscila sorri.

Eu encaro a porta.

- Nada de bisbilhotar! - adverte.

- Eu? - faço um barulho ao soltar o ar pela boca.

- Você! - ela aponta o dedo indicador no meu rosto.

Minha irmã era uma peste de 19 anos, ela havia conseguido a proeza de fazer amizade com a mãe da Maria, e pela primeira vez, a senhora Santos liberou a filha para dormir fora de casa. Estávamos de férias, Priscila terminou com o ex namorado e precisava de um ombro amigo para desabafar.

Volto a fitar a porta do quarto dela, seguro a maçaneta lentamente e abro, o quarto está vazio, mas a porta do banheiro está meio aberta e então eu vejo a silhueta dela, Maria usa apenas uma lingerie de algodão branca, ela está concentrada escovando os dentes.

Sua pele é perfeita - cor de café com leite - barriga lisinha, cintura fina, seios fartos e quadris curvilíneos, ela não está usando seus habituais óculos de grau, seus cabelos estão soltos - os cachos estão meio bagunçados - sinto-me compelido a observar mais de perto.