Enquanto eu via os pingos de chuva caindo, o tempo parou
Não literalmente, claro
As pessoas ainda estavam nas suas conversas paralelas, os pingos ainda caiam, o café quente ainda queimava a minha mão
As gotas de água me lembravam você, todo aquele clima combinava perfeitamente com a situação atual
Um completo vendaval
Um vai e vem, em constância
Tudo era muito bonito de longe
Mas, eu
Doente como estava, não podia tocar ou sentir aquela chuva cristalina, porque por mais bonita que seja, me faria mal
Aqueles pingos de chuva que caiam ali
eram uma metáfora, que só eu conseguia entender
E foi por isso que essa situação me lembrou você
A Distância, o frio, a constância, a instabilidade, a dúvida, a incerteza
E cá estava eu
Observando, o "tempo" que me lembrava você, de forma triste
Então eu vi, você partindo, e levando com você qualquer resquício de esperança sobre nós
E você se foi, como aqueles pingos de água que tocaram o chão, que saíram sem destino. Soltos, com pressa, cada partícula disputando quem chegaria mais rápido a um destino indeterminado, mas era o que você queria, não era?
E eu fiquei, te observando partir, ou melhor, a chuva.
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Dos poemas que eu (nunca) te enviarei.
PoetryDeixo aqui, os meus mais sinceros sentimentos em relação a tu. Tu que foi meu marte, tu que me mostrou como amar ainda mais esse vasto universo, tu que me inspirou a escrever-te cada palavra, cada frase, cada texto, tu que agora de longe, deixou de...
