Buraco negro

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Seus olhos castanhos me engoliam como a porra de um buraco negro
Me consumia
Devorava de maneira sagaz
E eu cai
Do precipício que eu me encontrava
Todo vez que te olhava
Era como se uma voz chamasse meu nome
Sussurando baixinho
E eu sabia que estava novamente prestes a cair
Mas a voz era tão mágica
Estupidamente mágica
Encantadora
Tão doce
Que eu só conseguia me conectar a ela
Os sussurros eram arrastados pela brisa suave
Chegavam, oras suavemente
Oras como um maldito furacão
Mas
Eles
Sempre chegavam
Uma hora ou outra
E eu escutava o bater da porta
E abria
Eu me abria inteira pra você
Me despia de toda a armadura que carrego por ai
Da mesma maneira que a porta se abria suavemente
No final do dia eu conseguia ouvir seu estrondo ao se fechar
E lá estava o buraco negro me sugando novamente

Dos poemas que eu (nunca) te enviarei.Onde histórias criam vida. Descubra agora