Gabriel - 2

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Chego ao endereço que Beatriz passou me dizendo ser onde mora, olho a casa com diversos andares e mal acabada a minha frente e paro franzindo a testa.

As casas da rua são simples, o que me trás altas lembranças, mas essa é a mais alta e mais horrorosas, está totalmente inacabada, pintura toda feia e vários buracos do concreto ao lado do portão. Se bem que portão não é bem o nome desta coisa, está mais para um monte de ferro retorcido. Olho novamente o endereço, então suspiro e procuro a campainha, mas antes de achar um menino para ao meu lado.

Aí tio, tá procurando quem?

— Beatriz Costa. — digo ao menino, que me olha dos pés à cabeça. — Conhece?

— Sei quem é essa Costa aí não doutor. — Suspiro frustrado, vou atrasar para o jantar. — Aqui tem a Bia, mas não sei quem é essa Costa. — Fecho os olhos irritado, esqueço deste apelido idiota.

— Como é essa Bia?

— Ela é linda, não muito alta, tem uns cabelos meio pretos e uma boca bem bonita também. — Olho o pivete a minha frente, sem acreditar na descrição. — Ela brinca com a gente de vez em quando.

— Pode chama-la para mim, por favor.

— Você é o namorado dela? — Abre o portão. — Se for, espero que goste mesmo dela, o último deixou ela bem triste, a mãe dela disse. — fala e entra me deixando na rua.

Fico pensando sobre o que o menino falou e volto ao meu carro para espera-la, encosto-me ao capô. O que será que houve com o último namorado dela? O cara deveria ser um tremendo babaca para magoá-la, Beatriz é tão meiga e inteligente, não parece o tipo que se ilude e...

— Desculpa, senhor Romano. — Ouço a voz de Beatriz, e levanto o olhar. — Acabei atrasando...

Paraliso sem conseguir desencostar do carro, ela está muito bonita. Seu vestido é amarelo, todo justo, com um decote quadrado que deixa praticamente toda parte acima do seio exposta, tem alças largas que ficam meio caídas nos ombros, no pescoço tem um colar com pedras pretas e os brincos são pretos e compridos.

— Aconteceram uns imprevistos. — diz parada a minha frente e seu cheiro de lavanda invade meu cérebro. — Senhor Romano? Oi? Tem alguém aí? — Estou escutando só não consigo me mexer, menos ainda falar. — Afff Gabriel, não estou tão horrível assim... — fala irritada e começa andar.

Assim que vira, consigo ver suas costas, e quando digo que estou vendo, é porque exatamente é o que ocorre, o vestido é costas nua, ou seja, é tipo um U gigante que começa nas mangas e para acima de sua bunda maravilhosa, portanto, tenho a visão completa de sua pele.

— Você consegue ser um completo idiota, sem mesmo abrir a boca, sério mesmo. — Ela continua andando de um lado para o outro e gesticula.

O que ela quer que eu diga? Não consigo raciocinar... Ela está incrivelmente deslumbrante, mas se eu disser isso, ela vai achar que estou dando em cima.

Finalmente consigo dizer que ela está linda, de uma forma que não parece tão cafajeste, mas ela não gosta e acha que estou brincando com ela. Fico novamente sem entender. Eu disse que ela estava perfeita, definitivamente, essa mulher é estranha.

— Senhorita Costa. — digo entrando no carro e a encaro. — Se estamos a altura deles, não tenho ideia, mas a senhorita está lindíssima, acho até que não vou conseguir prestar atenção ao trabalho.

Já estou cansado disso. Preciso transar e algo me diz que se não fizer isso com ela vou precisar pendurar a chuteira e virar padre, ainda não consigo me divertir com outras mulheres, lembrando do que ela disse. Hoje é sexta-feira, estamos indo para um jantar, mesmo sendo de negócios é jantar, e além de eu estar duro apenas por vê-la, seu cheiro impregnou meu carro.

Tudo Que Eu Desejo (DEGUSTAÇÃO) - COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora