Louis William Tomlinson era conhecido mundialmente por ser um grande romancista, definido por seus fãs como um romântico incurável, com um humor peculiar e uma sensibilidade estilística emocionante. Porém, para sua família e amigos, ele era apenas Louis, um homem solitário e sonhador que ansiava por viver uma paixão de tirar o fôlego, e, por não conseguir, acabava por refugiar-se em sua escrita.
Naquela noite de sábado, em meio a uma crise de falta de inspiração, ele retornava para sua cidade natal a fim de celebrar as festas de final de ano com sua família. Seu livro estava praticamente pronto em seu computador, faltava apenas arranjar um bom título, coisa que havia se provado muito difícil nos últimos tempos.
Ao entrar no aeroporto, ele logo foi parado por um grupo de fãs. De certa forma, já estava acostumado com isso, até mesmo gostava de conversar com as pessoas que liam suas obras. Ainda assim, ele esperava o dia em que seria tratado como uma pessoa normal. Poder caminhar pelas ruas sem correr o risco de ser parado e perguntado sobre seu próximo livro, de onde ele tirava inspiração para tantas histórias, se ele poderia tirar uma foto e escrever um autógrafo em uma folha de papel...
Claro que ele tinha conhecimento de que seu emprego abria margens para essas coisas. E ele estava longe de ser um famoso ingrato ou antipático. Ser uma pessoa pública mostrava que seus esforços estavam sendo recompensados, e todo escritor gosta de ser reconhecido. Contudo, às vezes ele sentia falta de ser apenas Louis, um homem de 26 anos que gosta de futebol, cerveja e escrever coisas variadas em seu computador ou em um guardanapo de bar.
De vez em quando, ele sentia o peso de seu nome retirar sua autenticidade. Parecia não ser mais dono da própria vida, pois existia alguém a ser mostrado e vendido.
Mesmo que satisfeito com a repercussão que tinha de suas histórias, algo que ele sabia ser um privilégio, pois existem muitos escritores ralando para ter o mesmo reconhecimento que o dele, Louis sentia vontade de poder dizer seu nome e ser respondido com um simples "prazer em te conhecer", e não um emocionado "Louis Tomlinson, o escritor?".
Mesmo cansado, ele respondeu a todos os fãs que o haviam cercado com extremo carinho. Uma parte boa disso era poder ouvir o quanto as pessoas gostavam do que ele fazia, sobre como elas se identificavam com suas palavras. Era ótimo poder entrar em contato com seu público, formado em grande parte por meninas por volta de dezoito anos, e criar novas ideias. Seus fãs eram não apenas sua fonte salarial, mas o que mantinha sua criatividade ativa.
- Quando pretende lançar seu próximo livro - Uma garota perguntou. Ela era baixa e tinha o olhar tímido em sua direção, mas era visível a admiração cintilando nos olhos castanhos escuros dela.
- Logo. - Louis respondeu com um sorriso.
Obviamente sua resposta não foi muito satisfatória, sendo que, após dizê-la, um turbilhão de perguntas e súplicas foram feitas. Mas Louis conseguiu acalmar os ânimos de todos e convencê-los de que precisava ir ou perderia seu voo.
Após despedir-se do pequeno grupo que o rodeara, Louis fez seu caminho em direção à bilheteria. Sentou-se e esperou a chegada de seu avião. Entretanto, quando seu horário foi ficando cada vez mais próximo, foi dado o recado de que os aeroportos da Inglaterra haviam sido fechados por conta da forte nevasca que estava ocorrendo.
"Senhores passageiros, informamos que, devido ao forte nevoeiro, os voos em direção à Inglaterra estão suspensos por tempo indeterminado."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Flakes (l.s.)
RomanceLouis é um escritor mundialmente famoso que está enfrentando problemas para escolher o título de seu próximo livro. Enquanto retorna para sua cidade natal, ele se vê preso no aeroporto, devido à grande nevasca que assola o território inglês. O que e...