• Capítulo 3 •–Filho, a última fornada dos biscoitos já está pronta?- gritou minha mãe.
– Só estou terminando de decora-los, para deixá-los mais natalinos!- grito de volta enquanto decoro um biscoito. O biscoito possui o formato de um boneco de neve e eu estou desenhando o boneco.
– Certo, Alec! Ainda tem bolo?- minha mãe pergunta já de volta na enorme cozinha.
– Sim, na geladeira da frente, aquela que fica exposta para os clientes. Há uns 5 pedaços ainda e a próxima fornada sai em 10 minutos.- digo para minha mãe.
-Ok! Quando os biscoitos ficarem prontos sirva na mesa 5!- ela grita e observo ela ir até a geladeira pegar o bolo.
Termino de decorar os biscoitos, pego a fornada de bolo no fogão e decoro o bolo para deixá-lo mais temático. Fito minha mãe, ela está vestida com seu avental colorido e serve doces sorrindo. Que orgulho eu sinto dela.
– Mãe, eu vou indo! Se precisar de alguma coisa na cozinha me liga.- digo pegando meu skate no armário ao lado da cozinha. Guardo o chaveiro que contêm as chaves das minhas casas, da lanchonete e do armário no bolso e abro a porta dos fundo para sair.
–Claro, filho, mas não vou precisar de você mais hoje. Eu me viro aqui com o resto dos clientes. Se divirta, conheça a cidade e compre alguma coisa para você se quiser!- ela diz sorrindo e bagunça meu cabelo , como gosta de fazer desde que me entendo por gente. Ouço o sininho da loja tocar, indicando a entrada de mais um cliente, e minha mãe sai para atendê-los.
Enquanto ando no meu skate em direção ao parque que fica ao lado da minha casa começo a refletir em tudo que nos trouxe à capital.
Eu nasci no campo, no interior de uma cidadezinha aqui perto, morrei a minha vida inteira na fazenda da minha família. Nunca tive muitos amigos, já que eu estudava em casa. Meu melhor amigo era o vizinho, todos os que conhecia eram da minha rua, mas sempre fui amigo dos animais, de todos eles, sem restrições.