Prologue

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Kim Taehyung.
Daegu: Coréia do sul.
24 de dezembro de 1898.
02 e 45 da madrugada.

Observando as pequenas gotas de chuva que escorriam pelo vidro da pequena janela e tomando uma xícara de café sem açúcar. Era assim que eu passava todas as noites chuvosas em que meus pais saíam. Mas hoje era diferente...

"Espero que eu esteja errado..."

— Eles fazem isso desde antes mesmo de você nascer — verbalizou se sentando ao meu lado observando as gotas que escorriam pelo vidro da janela assim como eu.

— Eu odeio quando eles saem assim...— suspiro abaixando meu olhar.

Prestar atenção na xícara com o amargo café era menos solitário do que ficar vendo, pela janela, os pingos de chuvas encharcarem ainda mais a rua.

— Eles vão voltar! Eles sempre voltam... — verbalizou e desta vez eu parei para encarar o rosto já envelhecido da mulher a minha frente.

— Não tenho tanta certeza disso, vó... — dou de ombros voltando a fitar a xícara em minhas mãos.

— Por que diz isso? — agora era ela quem me encarava.

A confusão e incredulidade estavam presentes em sua expressão.

— Pelo simples fato de ser verdade — digo simplista, girando os calcanhares, indo em direção a cozinha.

Naquela noite eu sabia que meus pais não voltariam... Sabia o porquê deles não voltarem... E simplesmente não podia fazer nada...

{•••}

Park Jimin.
Busan: Coréia do sul.
12 de abril de 2018.
01 e 33 da madrugada.

— Claro que não! Eu não vou fazer isso... Ai meu Deus!!!

— O que foi park?! — indagou a mulher ao outro lado da linha telefônica.

— E-eu preciso desligar!

Desligo o celular, me aproximando ligeiramente do corpo a minha frente.

Estava a conversar com minha mãe, até ver o corpo, já sem vida, de uma mulher.

— Ai meu Deus! Ela está morta! — digo para mim mesmo, levando minhas mãos até a boca ao me dar conta do que eu havia visto — ELA 'TÁ MORTA!! — desesperado, olho em volta para ver se havia alguém no local. Me acalmando ao perceber que os únicos que alí estavam, eram eu e o corpo da jovem moça.

Ligo novamente o meu celular, discando o número do delegado Kim.

O mesmo atende a minha ligação e, após alguns minutos, o local já se encontrava cheio viaturas e repórteres...

— O que aconteceu exatamente? — o delegado Kim Namjoon indagou virando uma folha de seu bloquinho e posicionando a caneta no lugar onde começaria a escrever.

— Eu não sei... Eu estava falando com a minha mãe no telefone e dei de cara com o corpo da.... — paro a frase tentando lembrar-me do nome da jovem morta.

— Min Yuri.

— É. Ela mesma...

— Você não viu mais nada? Ninguém? — indagou fechando seu bloquinho passando a me encarar.

— Não. Quando eu a vi, já estava morta e não havia mais ninguém no local... — verbalizo vendo o delegado suspirar.

— É... Agora é esperar para ver se tem algo que nos ajude a encontrar o assassino.

— Mas, como sabe que foi um assassinato? Pelo que pude ver, corpo de Yuri não tinha marcas e também não tinha sangue no local.

— No local e nem no corpo... — corrigiu fazendo-me ficar um tanto confuso — Pelo que os investigadores viram, o corpo de Yuri tinha apenas duas marcas em seu pulso direito e seu sangue drenado. Nenhum humano perde sangue assim, do nada. Sem nem ao menos ter algum ferimento — verbalizou passando a mão em seus cabelos acastanhados.

Realmente... Não há outra explicação para a morte da jovem. Mas se haver, eu quero saber!

— Delegado. Peço que me coloque no caso. Quero descobrir quem fez isso com ela!

{•••}

Kim Taehyung.
Busan: Coréia do sul.
20 de abril de 2018.
21 e 17 da noite.

— Assassinatos? — faço-me de desentendido.

— Sim, Taehyung. Assassinatos! Que eu sei muito bem que foi você quem cometeu — Jin verbalizou irritadiço ao outro lado da linha telefônica.

— Quem? Eu? Ah, Jin! Você sabe muito bem que eu nunca faria esse tipo de coisa com os meus queridos amigos humanos — rio do meu próprio cinismo.

— Pare de brincar, Taehyung! Eles estão querendo contratar um investigador. Se descobrirem sobre você, automaticamente vão saber sobre mim também. Eu não quero perder a única chance de ser uma pessoa normal, Taehyung!

— Okay! O que sugere que eu faça? — dou-me por vencido.

— Já te indiquei como agente investigador do FBI. Só preciso que vá até a casa do Baekhyun e pegue os documentos e autorizações falsas.

— Vou ter uma identidade falsa? — indago divertido.

— não! Você continuará com o seu nome e tudo mais, só a sua idade que terá que mentir... Sabe? Cento e vinte e oito anos de idade não é lá a coisa mais comum do mundo.

— okay. Amanhã mesmo eu irei a casa do baek e vou direto para a delegacia.

Supernatural Case • Kth + JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora