Supernatural Case • Kth + Jjk

we all hide secrets

[Desconhecido]
Busan: Coréia do sul.
23 de dezembro de 1898.

— Tem certeza disso, meu jovem? — indagou olhando-me com pena. A preocupação estava estampada no rosto do homem. — Ele não gostaria de ver o menininho que criou buscando vingança por algo que aconteceu no passado.

— Eu sei o que faço monge! Não sei se sabes, mas sou mais velho que você, por mais que não pareça. — disse de modo frio olhando para o homem na qual vi crescer e envelhecer.

— Pode até ser mais velho, mas sua mente, assim como seu corpo, não amadureceu. Você ainda é um adolescente irresponsável! — exclamou sério.

— E você é um mero humano idiota! — vociferei, sentindo o ódio me consumir. Como ele pode me chamar de "adolescente irresponsável"?! Ele tinha que me tratar como um Deus!

Avanço em direção ao homem em passos lentos e firmes, vendo o mesmo recuar a medida em que eu me aproximava.

— Hey! Garoto! O-o q-que está fazendo?! C-ca-calma! S-sou eu! — desesperado, o homem tentava me acalmar, falhando em seu ato.

O ódio ainda não havia me consumido por inteiro, até a sanidade que me restava ser diluída pela sede de sangue.

"O sangue humano" eu nunca havia provado, sempre soube controlar os meus instintos, mas naquele momento eu não respondia por mim. Naquele momento eu era um monstro...

{•••}

Kim Taehyung.
Busan: Coréia do sul.
22 de abril de 2018.

— Seokjin! — o chamei, recebendo o olhar do mesmo.

— Sim? O que houve? — indagou deixando em sua mesa os papéis que segurava.

— O Chan! Ele está aqui! — digo, vendo o cenho de Seokjin franzir em confusão.

— Espera! Chanyeol seu ex e atual namorado do baekhyun? — indagou, vendo-me assentir — Mas por que ele estaria aqui?

— É o que eu quero descobrir! O Chan não pode abrir a boca, se ele falar alguma coisa nós estaremos ferrados — digo, levando um leve susto ao ouvir o ranger da porta atrás de mim.

— Posso saber o que o chanyeol não pode falar? — indagou Jungkook, adentrando  no local, fazendo-me engolir em seco.

{•••}

Jung Hoseok.
Busan: Coréia do sul.
22 de abril de 2018.

— Vamos Yoongi, diga. Onde você estava na hora dos assassinatos? — pergunto apoiando meus cotovelos na mesa que me separava do Min.

— Eu não matei elas! Isso é a única coisa que posso lhe dizer. — diz se acomodando na cadeira.

— Seria tão mais fácil se você me respondesse uma única pergunta! — exclamo passando minhas mãos por dentre meus filhos avermelhados, puxando-os em seguida. — Yoongi, eu sei que você é inocente. Eu sinto isso, mas você tem que me ajudar a provar. — verbalizo segurando suas mãos gélidas e olhando no fundo de seus olhos vazios. Ele parece estar morto.

— Eu não posso... — suspirou desviando seu olha do meu, quebrando nosso contato visual.

— Por que não pode? O que você tanto esconde yoon? — pergunto aproximando meu rosto do seu, obrigando-o a olhar em meus olhos.

— Se eu te disser você não vai acreditar em mim... — sussurrou com sua boca próxima a minha, afastando-se logo após.

Suspiro, mordendo o lábio inferior por conta da tensão que existe entre nós.

Você é uma caixinha de surpresas, Min Yoongi. Só espero que não me surpreenda de um jeito ruim...

{•••}

— Ele disse alguma coisa desta vez? Algo que nós ainda não sabemos? — perguntou o policial Park.

— Não. — suspirei — Eu perguntei o por quê dele não me contar onde estava e ele respondeu que se ele contasse eu não acreditaria nele — rio sem ânimo. — Se ele me contasse seria tão mais fácil!

— Talvez ele seja o culpado. Todos os fatos apontam para ele! Talvez seja ele o assassino, hoseok. — disse Jimin, fazendo-me parar para encara-lo.

— Ele nunca faria isso! Yoongi pode até ser um badboy revoltado, mas um assassino jamais! — exclamo vendo o policial arquear uma sobrancelha.

— Como tem tanta certeza de que o assassino que procuramos não é ele? Hoseok, não vai me dizer que você tem algo a ver com os assassinatos? — indagou com desconfiança, cruzando os braços e me encarando sério.

— Obvio que não, Jimin! Quando eu entrei para a polícia de busan eu fiz uma promessa. E você, melhor do que ninguém, sabe que eu cumpro com a minha palavra. — disse sério, recebendo um suspiro cansado do policial a minha frente.

— Desculpa, hoseok... Eu já estou ficando paranóico com esse caso. Quero achar logo o assassino e isso está mexendo comigo, fora as cenas dos corpos, as vítimas... Tudo isso está acabando com o meu psicológico... — passou a mão por dentre seus fios loiros. Qualquer um poderia ver o quão exausto o Park estava.

— Tudo bem... Eu sei o que você está passando, esse caso está deixando todo mundo maluco. Só vá dormir, você está precisando descansar um pouco, já tem até olheiras se formando embaixo dos seus pequenos olhinhos — digo sorrindo para o mesmo que retribui da mesma maneira.

— Bem, se é assim eu vou indo. Cuide-se também! Não quero ver meu amigo doente! — disse saindo e acenando para mim.

{•••}

Após mais algumas horas dentro da delegacia, decido por uma vez ir embora para minha casa. Preciso dormir, nem que seja por algumas horas.

Enquanto caminhava pelas ruas mau iluminadas de busan, um barulho fora do comum me chamou atenção. Vou em direção a um beco de onde vinha o barulho, tirando a pistola que havia em minha cintura a mirando em direção ao beco. Eu esperava tudo, um animal, um drogado, bêbado, estrupador. Mas o que eu vi era algo totalmente diferente, algo totalmente fora do comum.

— Yoongi?! — exclamei sentindo minhas pernas bambas ao ver com nitidez as presas e o par de olhos vermelhos no rosto do pálido.

— Hobi? Espera! P-por favor me escuta. — disse pausadamente se aproximando lentamente.

— Não chega perto de mim ou então eu serei obrigado a atirar em você! — segurei com mais firmeza a pistola em minhas mãos e mirei na direção do Min que mesmo assim continuou se aproximando. — Eu já avisei, Yoongi! Eu vou atirar!

— Não vai me machucar de qualquer forma. — disse, puxando-me para ele logo após. — Calma... Eu vou te explicar tudo okay? — indagou acariciando delicadamente minha bochecha com seu polegar. — Só deixe-me "cuidar" dele. — disse afastando-se de mim, indo em direção ao homem que ainda se contorcia de dor.

— Eu juro que não fiz nada! Eu só bebo sangue nos bancos... — disse com a voz falha, contorcendo-se ainda mais após Yoongi serrar seus punhos. Será que é algum poder? Não, não, não, não, não! Eu só posso estar ficando louco!

— Vá embora e não apareça mais na minha frente! — dito isso o homem saiu correndo do local e Yoongi, mas uma vez aproximou-se de mim.

— Me diz que isso não passa de um pesadelo e que eu vou acordar daqui a pouco. — digo ainda um pouco desnorteado com a situação que acabo de presenciar.

— Para a nossa infelicidade, isso não é um pesadelo, é a pura realidade. — disse enquanto acariciava minha cintura por cima da calça jeans que trajava. — Vamos para a minha casa, aqui não é o melhor lugar para se ter uma conversa — sorriu mínimo, tirando suas mãos de minha cintura, entrelaçando as mesmas às minhas. Assenti ainda um pouco confuso. Eu estou disposto a descobrir cada segredo do Min, mesmo que depois eu seja chamado de louco...