Capítulo 3

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Narra Ruggero:

Sentia que alguém me seguia, quando olhei para trás no momento em que o sinal estava vermelho, vi que Karol me seguia num táxi, instantaneamente me virei para frente e quando o sinal abriu, liguei a motocicleta em alta velocidade para perdê-la de vista.

-off-

- Taxista, pode parar aqui - fala Karol - Aqui está o dinheiro, pode ficar com o troco.

- Obrigado! - fala o taxista e vai embora.

- Pra onde você foi Ruggero?

Enquanto isso, Ruggero está em cima de um edifício.

- Amor, onde está a sua moto? - pergunta Roxy depois de beijá-lo.

- Escondida.

- Por que? E também por que você está tão assustado?

Ruggero olha de cima um espaço pequeno, de um edifício a outro, na qual se encontra Karol.

- Amigo, você está bem? - pergunta Michael.

- O que está acontecendo? - pergunta Valentina.

- Isso - responde Ruggero apontando para baixo.

- O que? - pergunta Carolina.

Todos os amigos olham para onde Ruggero apontou.

- É a Karol?! - pergunta Agustín.

- A princesa Karol está te seguindo Ruggero? - pergunta Eduardo.

- Quem é ela? - pergunta Roxy confusa com tudo que está ocorrendo.

- É uma ex amiga nossa - fala Jorge.

- Não é ex amiga, porque ela não decidiu ser levada a força para estudar no exterior - esclarece Chiara.

- Mas ela não se despediu da gente - fala Ana.

Narra Carlos:

Enquanto saio de um evento muito importante, já que sou um príncipe, vejo que a minha princesa está andando sozinha pelas ruas de Buenos Aires.

-off-

- Minha princesa, você estava me procurando?

- Claro que não! - responde Karol.

Nesse momento Carlos puxa Karol, com força, para perto dele e a beija.

- Eu estou vendo mal ou ele a beijou a força? - pergunta Jorge.

- Ele não é alguém que devam chamar de príncipe! - fala Agustín.

- Me respeita! Que isso fique bem claro na sua cabeça Carlos - fala Karol depois de empurrá-lo para se separar do beijo.

Em seguida ela vai saindo do local, mas ele a segue e a puxa pelos cabelos.

- Eu pensava que você sabia quem mandava nessa relação - fala Carlos.

- Claro que eu sei, e com certeza nunca foi você e nunca será, sabe por quê? Porque nossa relação se acaba aqui. Eu estive cega este tempo todo pensando que você era a pessoa certa para mim, mas vejo que estive equivocada. E fique bem claro na sua realidade de vida que eu nunca serei sua.

Ruggero observa toda a cena e, inconscientemente, seus punhos ficam cerrados com o passar do tempo, como se estivesse pronto para brigar.

- Amigo, se controla - fala Agustín.

- Eu vou descer até lá, se vocês perceberem que Karol e eu estamos em perigo, alguns de vocês descem, mas em hipótese nenhuma deixem Ruggero descer. Me entenderam? - fala Eduardo.

- Sim - todos respondem em uníssono.

- Você não é uma pessoa que deva ser considerado como um príncipe, porque você machuca pessoas do sexo oposto sem motivo algum. Eu te odeio - fala Karol.

Carlos a encurrala na parede com força.

- Você me ama!! - fala Carlos agitado e gritando.

- Te amava, passado, agora não mais.

- Você não sabe o que está dizendo.

- Sei sim, nunca estive tão lúcida de tudo que falo. Agora o que sinto por você é nojo e medo. Eu não sei o que vi em você - fala Karol chorando e gritando, pela dor que estava sentindo.

Carlos a solta e anda de um lado para o outro desesperado.

- Você não sabe o que está dizendo!

Karol começa a tremer e a chorar mais e mais.

- Você precisa de ajuda - fala Karol.

- Eu não preciso de ajuda!!

- Eu entendo que você sofreu muito no passado, e ainda segue sofrendo, mas a culpa não é minha e nem de ninguém aqui.

Carlos volta a encurralar Karol na parede, a beija à força, em seguida beija seu pescoço e fala sussurrando no seu ouvido.

- Você é MINHA, e eu não vou te deixar sair daqui antes da nossa brincadeirinha.

- Solte-a, porque ela não é um objeto! - fala Eduardo se aproximando.

Nesse momento Carlos joga Karol no chão. Ruggero está prestes a pular do edifício para a escada de emergência do outro edifício, mas Lionel e Agustín o seguram.

- Quem é você? - pergunta Carlos.

Narra Karol:

Eu recordo ter visto o rosto desse homem trabalhando na minha casa. Mas o que ele está fazendo fora de seu trabalho? De relance olho o punho de Carlos e me vem a lembrança do dia que ele machucou o garoto que tentou me proteger quando entramos numa discussão, o dia em que Carlos perdeu a razão pela primeira vez. Quando isso ocorre, não há ninguém que o faça parar.

-off-

GREAT ESCAPE | A Princesa e o PlebeuOnde histórias criam vida. Descubra agora