Something's Gotta Give

My World

E ai pessoal, tudo bem?

Estou aqui com mais uma história incrivelmente foda e que estou empolgada, por isso estou postando o primeiro capítulo para ver o que vocês acham!

Os títulos sempre serão o nome de alguma música que eu ache que combine com o capítulo pela letra e tudo mais... enfim, espero que gostem ^-^
               

                 CAMILA P.O.V

Crescer e viver em uma cidade pequena é exatamente o mesmo que ter todos os olhos sobre si. Todos conhecem cada passo seu desde que você nasce e te parabenizam por coisas que consideramos banais e vergonhosas, como a primeira menstruação ou aquele fiozinho de barba que nasce em seu rosto. Aos domingos todos vão a igreja e toda a comunidade sempre está envolvida em ações comunitárias ou preparações de festivais, bailes e atividades.

Todo mundo conhece todo mundo.

Então se, de repente, uma pedra estiver fora do caminho, ela é facilmente detectada e todos trabalham para coloca-la em seu devido lugar.

Com cerca de 15.000 habitantes, dentro da província de Ontário, essa é Napanee... a cidade fantasma e esquecida, que fica apenas alguns quilômetros de Toronto, Ottawa e Montreal, mas que as pessoas mal sabem de sua existência.

Tudo o que eles sabem sobre essa cidade, é que foi o berço de Avril Lavigne. Mas quem, realmente, é Napanee?

Palco de massacres abomináveis e sua platéia - igualmente vítimas - era seu cúmplice nos crimes mascarados em mistérios.

Eu tinha orgulho em saber que meus pais e o restante do parlamento, assim como Avril, foram os únicos sortudos que saíram de uma cidade pequena para conquistar o mundo. Mas para a minha mãe, Napanee é a pior das prisões. E foi só quando eu estive por lá tempo o suficiente que eu entendi:

Não éramos o orgulho... éramos os excluídos da cidade, as cartas que precisavam ser tiradas do baralho.

Terra da cerveja graças aos Mahone's, os pioneiros e os mais conhecidos no ramo pelo produto de alta qualidade e querido pelos cidadãos. Devota a sua religião e ao time de hóquei da cidade, grandes fãs das receitas italianas... é tudo o que deixam saber.

Sob cada floco de neve havia história, uma história que ninguém ousava contar. Por dentro de cada parede haviam vozes querendo ser ouvidas, mas sendo caladas. Em cada sorriso perfeito, havia uma maldade. E por trás de toda aquela máscara de cidade pequena e tradicional em seus costumes, haviam muitos segredos para serem desvendados.

Eu estava empolgada com o que o futuro me reservava, sem saber realmente o que estava por vir.

Finalmente eu iria saber o que era morar em Napanee.

— Tudo bem Camila, você consegue... — murmurava comigo mesma, observando a bagunça em que meu quarto se encontrava. — Moletons a direita, jeans a esquerda e... oh meu Deus, uma borboletinha!

Saltitei animada para a janela, esperando pacientemente até que o pequeno inseto de asas azuis repousasse sobre o meu dedo.

— Você é linda! — Sorri ao encara-la de perto, como se ela pudesse me entender. — Se eu tivesse asas como as suas, estaria bem longe daqui, pequenina!

Com certeza eu estaria.

Talvez sobrevoasse por dentre os edifícios de Manhattan, tocasse as ondas do Havaí, sentisse o clima do Deserto do Saara e...