Eu estrago as coisas e eu não quero estragar você.

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The Weekend era um cantor maravilhoso que tinha musicas incríveis e um álbum melhor ainda. Estava desfrutando do álbum dele enquanto esperava o Finn dentro do carro. Ainda não tinha acredito que ele tinha me deixado aqui pra ir tomar banho e toda vez que parava pra pensar nisso com calma, eu acabava rindo. 


Apenas acordei pra vida de tudo que tinha acabado de acontecer, quando a porta do carro abriu e o Finn entrou no mesmo com um sorrisinho no rosto. E foi então que minha ficha caiu, eu se quer pensei no que vou falar pra ele, eu sou mesmo muito burra. 


- Melhor? - ele indagou e colocou o cinto. Eu assenti com a cabeça. 


Seus cachos estavam molhados, mas eu podia sentir um cheirinho gostoso de longe, principalmente porque os vidros do carro estavam fechados por conta do ar condicionado. 


- Temos que fazer o trabalho de química. - eu falei e ele ligou o carro, começando a guiar o mesmo. 


- Serio? - Finn indagou e me olhou rapidamente. 


- Infelizmente sim. 


Alias, esse foi um ótimo jeito de fugir do assunto. 


- A gente ainda tinha que conversar, não tinha? - ele perguntou e eu respirei fundo. 


- Eu não sei o que dizer, então não sei como essa conversa iria acontecer. - disse sincera. Sabia que pra ele não precisava mentir, ele já tinha conhecido o meu lado mais ignorante e ainda não tinha desistido. 


- Que tal começar me dizendo o que achou dos bilhetes? Pega leve, porque eu tentei fazer algo legal.


Eu ri nasalmente e assenti. 


- Ok...Foi fofo, era divertido receber eles, mas eu descobri que você tinha algo a ver com isso quando me deixou sozinha no carro pra abastecer. Lembra? 


- Eu vacilei. 


- Muito. - concordei. - Mas, eu gostava de receber seus bilhetes, Wolfhard. 


- Que bom. - ele sorriu. 


- E você sonhou comigo? - perguntei e soltei uma risada. 


O encarei e sua bochecha começou a ficar vergonha. Devia ter imaginado o quanto isso seria constrangedor. 


- Ta, depois a gente fala sobre esse sonho. 


- Vamos falar dele apenas se você for tornar ele realidade. - ele me olhou alguns segundos e eu assenti. 


Finn, eu não quero te beijar sem ter certeza de que gosto de você. Porque você é um cara incrível e eu sou uma bagunça, eu estrago as coisas e eu não quero estragar você.


Respirei fundo e tirei o cinto quando ele parou na frente de casa. Descemos do carro e eu abri o portão com a minha chave. 


- Seu pai ta ai? - ele perguntou. 


- Não, ele fica a maior parte do tempo no escritório...Felizmente quase nem vejo a praga. - falei meio sem pensar e ele riu. 


- Odeia ele de verdade, né? - Finn indagou. 


- Ele foi muito ruim pra minha mãe e nunca me ajudou em nada, só depois que ela morreu. Acho que ele se sentiu na obrigação de me acolher pra eu não ir para em um desses lares adotivos e ele virar manchete de jornal por ter abandonado a filha. - soltei tudo de uma vez enquanto abria a porta de casa. 


Me toquei que havia sido a primeira vez que tinha falado sobre a morte da minha mãe com o Finn, mas ele não disse nada, apenas balançou a cabeça, o que me deixou aliviada. Não gostava de falar sobre a morte dela, sobre como foi horrível todos os meses com ela no hospital e como eu odiei o meu pai todos os dias que via ela naquela maca e não tinha dinheiro pra fazer nada, enquanto ele brincava de família feliz. 


- Então você é o espertinho que escreve bilhetes pra minha irma? - Patric surgiu do alem perguntando pro Finn, me fazendo gargalhar. 


Bem que ele disse que eu iria passar vergonha. 

Letter | Fadie fanfic [1ª TEMPORADA - CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora