Você, cristão, sente-se cansado das orações, das boas ações, da vida? Você, não cristão, está entediado e desanimado? Talvez saber um pouco sobre a visão católica do que é a preguiça espiritual e como ela prejudica nosso cotidiano possa lançar uma l...
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Segundo a tradição católica, as doenças espirituais ‒ também conhecidas como pecados capitais, pois são a base para os outros vícios ‒ impedem o avanço da pessoa no caminho da santificação. Sendo o chamado à santidade caracterizado pelo contínuo desapego dos prazeres do mundo, com vista à união entre criatura e Criador, entende-se que os pecados capitais precisam ser combatidos no itinerário ascético e místico.
Metaforicamente, esses males maiores são como raízes de uma árvore, cujos galhos e folhas são os defeitos com os quais o cristão depara-se diariamente e, por mais que tente cortá-los, não o consegue perfeitamente até ter destruído as raízes sobre as quais eles firmam-se. Ou seja, enquanto não extinguir as doenças espirituais, uma alma nas trilhas da santidade continuará a pecar, ainda que cometa faltas pequenas e pouco frequentes.
Um dos pecados capitais é a preguiça espiritual ou acídia, a qual, não raro, é vista como algo inócuo: para alguns indivíduos, a preguiça é tão boba que sequer deveria ser vista como falha. Ao contrário dessa linha de pensamento, a tradição da Igreja revela o perigo da citada enfermidade para a alma, destacando sua capacidade de gerar um forte desânimo e levar à inação ou, mesmo, ao abandono da oração e dos bons propósitos. Trata-se, portanto, de um assunto digno do maior cuidado.
Com base em estudos realizados sobre a acídia ‒ cujas referências encontram-se no último capítulo desta obra ‒ e em conhecimentos adquiridos durante a formação católica da autora, foi redigido o poema a seguir, o qual está dividido em cinco partes para melhor compreensão por parte do leitor. A proposta de tal escrito literário é abordar a temática de forma lírica, aproximando-a do cotidiano cristão e revelando o meio mais seguro de enfrentar esse desafio.
Uma boa leitura a todos!
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Imagem: Detalhe da obra "Table of the Mortal Sins (Acedia/Sloth)", de Hieronymus Bosch.
Oi! Achei necessária essa parte explicativa para quem quiser um resumo sobre o tema. Espero que não tenha ficado cansativa.
