Deus da morte

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Tudo que eu toco, morre
Tudo que me apego, morre
Toda amizade que julgo verdadeira um dia sempre morre
Tudo que gosto de fazer acaba por morrer

Eu me sinto morta por dentro
Até quando tento me distrair algo vai contra e minha vontade também morre

Será que eu caí aqui por engano e na verdade sempre fui um deus da morte?

Sinto como se minhas mãos fossem a foice
Até quem passa muito tempo comigo acaba perdendo o sorriso, que morre em seu rosto
Eu vejo acontecer e sinto vontade de me afastar, porque dói

Não me deixe responsável por nada importante na sua vida, porque certamente eu vou matar
Não me deixe tocar a sua alma, com certeza irei ceifar
Não me deixe aproximar demais, porque dos dois lados a lâmina irá cortar

É, um dia tudo acaba, morre
Se chegar a mim será ainda mais cedo
Por isso aconselho, não me toque, sou um deus da morte

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