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Às horas se passaram em ritmo calmo, nem lento ou rápido demais, Andrea pegou um dos textos que havia feito e começou a lê-los, após revisados, mandou para o e-mail de Miranda, mesmo contra sua vontade, teria que enviar-los para a mais velha.

Olhou para o relógio vendo que já se passavam dás seis e desligou o notebook, levantou-se pegando a bolsa e saiu da sala, seguindo para o elevador, ao chegar no térreo, viu Roy parado em frente ao grande prédio.

— Boa noite senhorita.

— Boa noite Roy, esperando a Miranda?

— Não, irei buscá-la mais tarde, ela está em uma reunião, vim buscar a senhorita.

— Então vamos, quero ir pra casa e tomar um banho.

— Claro — Roy abriu a porta e Andrea entrou.

O caminho inteiro foi silencioso, Andrea desceu do carro e entrou após desejar boa noite a Roy, subiu as escadas e entrou no quarto, seguiu para o banheiro despindo-se, tomou um banho para relaxar o corpo em seguida se vestiu.

Desceu as escadas e seguiu para a cozinha ao entrar no cômodo se deparou com Richard sentando em frente ao balcão, ele a olhou.

— Olá querida, boa noite.

— Boa noite.

— Ainda está chateada?

— Claro, não é, papai, como me escondeu um relação de um ano? Se vocês estivessem apenas namorando era uma coisa, mas vocês estão noivos, ela mora nessa casa, mesma casa que eu cresci, onde o senhor viveu com minha mãe durante tantos anos.

— Sei que é difícil aceitar, Andy, mas você irá gostar dela, quando conhece-la melhor.

— Claro, como já estou a amando, não é mesmo? — Disse seguindo para a porta da cozinha.

— Aonde vai?

— Subir.

— Mas não ia comer?

— Perdia a fome.

— Andy...

— Me dê um tempo, por favor — Disse e saiu da cozinha, Richard respirou fundo.

.§.

Andrea se assustou entre o sono e olhou em volta, olhou para o relógio vendo que marcava uma da madrugada, sentiu a barriga revirar de fome e desceu.

Comeu uma coisa leve e rápida e seguiu para as escadas enquanto passava pelo corredor indo em direção ao quarto, percebeu que a luz do escritório estava ligada.

Seguiu para o lado oposto do quarto indo para o escritório, ao colocar a mão na maçaneta da porta entre aberta, escutou o som de algo se chocando contra o chão.

— Isso querido — Escutou Miranda dizer rouca e o som do gemido de Richard logo em seguida — Não pare, eu estou quase lá — Andrea viu a editora deitar sobre a mesa e jogou a cabeça para trás apertando os seios, viu o momento em que Richard abaixou em frente as pernas da mais velha e foi a única coisa que conseguir ver.

Seguiu correndo para o quarto e entrou no banheiro colocando o que havia comido para fora.

.§.

A claridade da manhã adentrou as pequenas brechas da cortina e Andrea suspirou abrindo os olhos, só conseguiu dormir depois de horas, quase no momento em que estava amanhecendo, levantou-se e foi arrastando-se até o banheiro.

Tomou um banho rápido e depois desceu, nem ao menos tomou café, Roy a levou para a Runway e parou para que ela comprasse algo para comer.

Assim que chegou no andar de seu sala, saiu rápido e se trancou lá durante toda a manhã, escutou o barulho da porta se abrindo e levantou o olhar.

— Não sabe bater? — Perguntou em um tom cortante, a mais velha sorriu de canto fechando a porta e sentou em frente a mesa, sendo encarada pela morena.

— Doce como limão — Disse cruzando as pernas relevando um pequeno pedaço da coxa — Seu pai ficou preocupada por não vê-la durante o café, ele queria toma-lo com você, tentou te ligar, mas você não atendeu — Andrea continuou a encara-la por alguns segundos.

— Já deu o recado, pode sair, eu preciso trabalhar.

— Me vejo em você — Disse em um murmúrio — Assim como você, eu perdi a minha mãe e vi meu pai colocar outra no lugar dela.

— Muito comovente sua história, mas não me importa, agora saí, eu tenho coisas a fazer — Disse virando a cadeira com um livro nas mãos.

Miranda sorriu vendo o ato tão idêntico ao seu e se levantou saindo da sala.

.§.

Miranda caminhou pelo corredor vendo seus funcionários apressados caminharem de um lado para o outro completamente atarefados, ela entrou na sala e sentou majestosamente em sua cadeira e encarou a mesa por longos minutos.

— Emily! — Chamou sem levantar o olhar, ao não obter respostas, ela encarou a porta — Emily! — Chamou irritada — Aonde está essa incompetente? — Perguntou para si mesma, Nora entrou rápido na sala.

— A Emily foi almoçar.

— E onde você estava?

— Na minha mesa.

— E por que não veio assim que eu chamei?

— Você estava chamando a Emily.

— Não me interessa quem eu estava chamando, se ela não está ai, você deveria ter vindo — Disse séria fazendo a mulher tremer — Me traga os croquis, isso é tudo — Disse e virou a cadeira para a janela.

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