a angústia que bate no peito,
me expressa anseio.
nunca soube o que é;
digo sobre a sensação.
a minha insegurança me priva de tudo e de todas as coisas que possam me causar perigo ou até mesmo um desconforto.
estou sentada na janela.
sinto a brisa me trazer ares passados.
angústias que serão relembradas e sentidas.
como me livrar de algo que me faz respirar?
o vento que me relembra o passado,
que não me permite viver o presente,
e me traz anseio do futuro.
eu quero chorar.
mas é apenas um desejo.
a única coisa que despejo é a solidão.
não há lágrimas que extraem a angústia do meu peito.
como não há vida na terra sem o sol.
não sou o sol da terra de ninguém;
nem sequer sou o meu próprio sol.
não sou a terra. não sou o sol,
não sou a lua
não sou as estrelas,
nem outro qualquer corpo seleste.
não encaixo nesse universo.
e não há ninguém como eu que entenda meus conflitos.
,,,Beatriz Fadel.
