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Ela acordou mais cedo que todos e foi ao mercado ao lado, comprar algums ingredientes, com o dinheiro que conseguiu na vaquinha que fizeram. Pediu para Jéssica autorização para cozinhar e foi para a cozinha, assou os biscoitos que sempre costumava fazer com sua família, a cozinheira do Hostel estava de folga, e o que seria um trabalho a mais para a Gerência, virou uma festa. Luce foi para a cozinha e fez pratos maravilhosos, no almoço já começaram a desejar a ceia, que seria mais maravilhosa ainda. Todos amaram os biscoitos de Mabel e sentiram o gostinho da manhã de véspera de Natal.

— Feliz Véspera.— Mabel falou para Felipe, que ainda tinha o cabelo todo bagunçado, e vestia pijama.

— Feliz Natal. — Respondeu e pegou um biscoito

Ficaram conversando com as meninas enquanto comiam, Luce comentava que iria trabalhar o Natal inteiro, mas tiveram que a liberar por causa desse imprevisto. Ela estava feliz, aliviada, amava cozinhar mas o trabalho era realmente pesado como Chef de um restaurante, ela estava animada para cozinhar para todos eles, já que se consideravam como amigos.

— Papai Noel. — Ana falou, do nada. — Só faltou um Papai Noel.

— Onde vamos arrumar um papai Noel, que não cobre e ainda por cima em cima da hora? — Mabel perguntou

E todas, olharam fixamente para Felipe, como se soubessem o que cada uma estava pensando.

— Porque vocês tão olhando para mim? — Felipe perguntou. — Ah não...

Horas depois, Felipe estava usando trajes de um Papai Noel improvisado e sem barba alguma (todos fizemos piadas sobre ele não ter tentando usar minoxidil na barba esse ano. E ao invés de Hohoho ele usou um Hahaha sarcástico.)

— Vamos nos arrumar agora, meninas. — Eliza falou e todas foram subindo

— Meninas, eu vou ter que ficar vestido assim mesmo? — Felipe perguntou, um tanto assustado por não ser brincadeira

— Vai sim. — Mabel respondeu enquanto subia rindo. — Mas eu vou com você.

Felipe não entendeu o que Mabel queria dizer com isso.

Ela abriu sua mala e tirou, uma roupa de Mamãe Noel, era um vestidinho vermelho, abaixo do joelho, em forma de casaquinho, tinha algumas plumas, tanto na Barra da saia quanto no pequeno decote. Soltou seu cabelo, e colocou uma touquinha vermelha. Usou seu batom vermelho e foi.

Assim que desceu as escadas, Felipe se surpreendeu em como ela estava bonita, as crianças que estavam hospedadas no Hostel ficaram apaixonadas por ela e a abraçavam sem parar.

Foi daí que Felipe entendeu, ao vê-la ali, que Mabel era uma garota especial, e não só pela paixão pelo Natal, mas pelo amor que parecia ter com todos ao seu redor.

Se reuniram em volta da mesa, e a meia noite, agradeceram mais uma vez.

— Obrigado Senhor, por ter mandado nosso amigo Jesus, obrigado por ter nos dado mais do que merecemos e obrigado, por estar fazendo essa data, uma data feliz.

Comeram, cantaram, tocaram violão com Felipe, e compartilharam histórias de Natal.

Felipe, que tinha feridas por causa da data, sentiu que algo poderia estar cicatrizando.

Luce, descobriu que as vezes trabalha demais e que se for trabalhar demais, que seja por amor, como foi hoje.

Ana, que não tinha tantos motivos para querer voltar para casa, ligou para seus pais e assumiu que estava com saudades.

Eliza, que só trabalhava como representante da empresa, descobriu amizades onde jamais imaginaria.

E Mabel, descobriu que o Natal, não é sobre lugares, mas é sobre o quanto de amor você derrama sobre as pessoas e hoje, tinha derramado bastante.

Até se esqueceu, que era seu aniversário também. Sua mãe lembrou, e ligou para ela, ficou alegre por Mabel estar feliz e mal podia aguentar de saudade que estava.

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Segundão!!

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Mabel e o NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora