I See (Vkook - Taekook - kth + jjk)

Capítulo 1 - He?

    Ei! Vamos levante...

    Você não tem o dia todo pra ficar aí sabia?

    Por que não levanta logo e nós_

  - MEU CARALHO!  CALEM A BOCA – e lá estava eu gritando sozinho com as vozes que so eu podia ouvir – não precisam ficar me acordando todo dia – é sempre assim, acordar com as vozes, estudar com as vozes, comer com as vozes e por fim dormir com as vozes.

      Me chamo Jeon Jungkook, sou um estudante do colegial felizmente estou no último ano, tenho 17 anos mas falta pouco pro aniversário de dezoito. Mas diferente de muitos eu não estou nem um pouco ansioso pra isso, sabe...  ficar maior de idade e criar responsabilidades, não tenho um pressentimento bom em relação a essa data, principalmente por ser minha vida.

      Ela não é normal desde dos meus 3 anos quanto foi minha primeira vez vendo algo que mais ninguém via, em uma festa de familiares eu vi minha tia acompanhada de alguma sobra, mas como não sabia falar direito por ser muito tímido eu fazia gestos, que minha família achou que estava fazendo graça para chamar atenção, então isso foi ignorado por todos. Mas com os 6 anos minha mãe me viu conversando com a parede e perguntou o que eu estava fazendo, respondi que meu tio que tinha falecido recentemente, mas ela ignorou novamente achando que era só saudade ou algo do tipo.

      Resumindo até meus 4 ou 5 anos meus pais achavam que conversava com um tipo de amigo imagina, coisa que nunca precisei pois sempre tive esses negócios me acompanhando. Eles decidiram fingir que eu era “normal”, então para eles eu sou só mais um garoto que não vê e nem ouve coisas do além. Daí decidi agir como alguém normal também, se alguém sabe desse meu segredo? Além dos meus pais só meus dois amigos Kim Seokjin e Min Yoongi, que para falar a verdade eles são os únicos amigos que tenho.

  - Pare de ficar pensando em coisas inúteis e vá se trocar! Irá chegar atrasado.

     Levanto com o resmungo das vozes e vou me banhar e logo depois me trocar. No banheiro posso ver alguns olhos atrás da cortina do box e outros atrás da porta.

  - Saíam para eu poder me lavar, por favor! – digo irritado e logo fazendo os olhares sumirem pedindo para eu não demorar.

     Consigo me trocar sem ouvir e ver nada estranho e rapidamente vou para cozinha, onde se encontra minha mamãe, com canecas na mão.

  - Bom dia filhote! – sou  recebido pelo calor do abraço de minha mãe e o sorriso confortável da mais velha – como foi a noite?

  - Eles estavam piores de manhã, já que de noite eles falavam algo do tipo “temos que ficar quietos para ele dormir” ou “ele baba enquanto dorme” – digo soltando um suspiro derrotado.

  - Hahaha os fantasmas te amam mesmo, heim?  – ela brinca dando pequenos tapinhas no meu ombro.

   FANTASMAS NÃO!

  - Mama não chame eles de fantasmas – peço tampando os ouvidos encolhendo um pouco.

  - Ah desculpa, eu tinha esquecido – a mais velha passou a mão em meu cabelo, em sinal de reconforto – mas coma logo ou vai se atrasar meu pequeno...

     Concordo levemente, me levanto e saio da casa com um pão na boca. Tento correr para não chegar atrasado ou em cima do horário, mas algo no caminho acabou chamando minha atenção, era a primeira vez que via aquela senhorinha. Ela estava cabisbaixa perto do ponto de ônibus, me aproximei dela lentamente, ela percebeu que eu a olhava e envergonhado desvio o olhar. Estranhei sua pele exageradamente clara e seus olhos eram tão profundos, só vi isso em almas,  assim que o ônibus chegou eu entrei nele e me sentei, me surpreendi que a senhora veio atrás de mim e sentou ao meu lado.