I See (Vkook - Taekook - kth + jjk)

Capítulo 9 - He is friend of the enemy

    - Como assim "muitos amigos" senhor Seokjin? – digo fazendo aspas com os dedos.

- E desde quando? – Yoongi cerra os olhos como se fosse uma ameaça.

Por nunca nós contou?

- Verdade! Por que? – todos me olharam confusos com a minha fala e eu bufo revirando os olhos, as vezes esqueço que eles não ouvem a Jimin – o Jimin disse "Por que nunca nós contou? " – tentei afinar a voz, na tentativa de imitar a alma.

Me respeita Jeon Jungkook! Não falo assim...

- Claro que fala! Sua voz é muito fina – Me viro pro Park. Quem visse a cena e não me conhecesse acharia estranho, assim como o Taehyung está achando. Como sei? Ele está fazendo caretas.

Min bate nele!

Ri da ordem do baixinho mas senti um soco no meu braço esquerdo, fazendo eu me encolher o mesmo de dor.

- Respeita meu namorado e seu hyung! – Suga apontou o dedo bem na minha cara. Pude ver a alma toda boba pela fala do amante.

- Vocês tem telepatia? Essa doeu – acaricio o local machucado.

- Fique quieto e deixe o Jin se explicar, se não... – ameaçou me bater novamente e eu já me encolhi – bom mesmo. Agora pode ir falando senhor Kim – Taehyung e Jin olharam – Seokjin..

- Affs? Querem mesmo saber? – todos concordaram de imediato – Okay, eu conto...

                                                  ~\~\~\~\Lembranças do Jin\~\~\~\~

          A tempos atrás, quando eu tinha uns oito ou nove anos me mudei pra cá, meus pais sempre estavam de mudança nunca era um lugar fixo, então não era de pegar muitas amizades. Mas não pude evitar o Namjoon, o jeito que nos conhecemos foi um pouco... engraçado e desastroso.

    Me lembro muito bem desse dia, estava nevando e eu observava tudo pela janela do meu quarto, percebi um garoto moreno saindo de sua casa, que era bem em frente a minha. Ele estava agasalhado e com uma touca verde para cobrir suas orelhas do frio, carregava uma espécie de prancha, provavelmente iria brincar com aquilo. A neve parecia atrapalhar na caminhada com o objeto que enroscava todo minuto.

- Onde está a mãe desse garoto? – me perguntei procurando alguém próximo ao menino, mas só estava ele – quem em sã consciência deixaria o filho sozinho? – vejo o menino se atrapalhando mais ainda.

    Ele começou a patinar tentando se equilibrar novamente mas no seu desespero acabou caindo de cara com o chão totalmente duro e frio, depois tentou lá cantar se apoiando na prancha mas ela virou e caiu em cima dele. Me assusto com a batida que pareceu ser forte, corri em direção a porta pegando meu casaco, vestindo-o. Sai da minha casa tão desesperado que nem vi se fechei a porta direito. Foi me aproximando do garoto, que ainda se encontrava no chão.

- Garoto? Está bem? – cutuquei o ombro do mesmo, recebendo um murmúrio de resposta – onde está sua mãe? Quer uma ajuda? – pergunto me abaixando do seu lado.

     Logo senti algo puxar meu braço para baixo, fazendo eu me aproximar do rosto do desconhecido, com a ação dele acabei ficando corado.

- Não conte pra ela – pude ver pela primeira vez seus olhos, estavam com um brilho como se fosse um choro preso e pediam para eu guardar aquele "segredo" de sua mãe.

- T-tudo bem, não con-to – estava ficando cada vez mais vermelho, nunca fiquei tão próximo de alguém que não fosse meus pais. Enquanto me perdia em seus olhos notei uma linha vermelha passando no meio de seu nariz – Oh! Meu Deus, você está sangrando – tentei tocar no ferimento mas ele se afastou.