euforia

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O sinal tocou, Josh não me soltou, ele não queria, sentia isso.
Os alunos começaram a entrar, sussurros, uivos e aplausos foram surgindo, estão nos zoando, essa sala é totalmente infantil, a escola inteira é!

- Desculpe...- ele me soltou devagar, não queria se afastar, nem eu. Eu nunca senti isso antes em um abraço, um simples abraço!

- Sentem-se turma! O intervalo já passou!- a professora de educação física pediu.

-Querem ir pra quadra? Pois vamos para a quadra! Hoje vamos jogar queimada!- a professora avisou.

Odeio educação física.

Todos foram animados para a quadra as pressas. Fui uma das últimas a sair, Josh foi logo atrás de mim, ele estava conversando com um garoto, não olhei para identificar quem era.

-Não gosta de educação física né?!- ele perguntou, mais afirmando do que perguntando. Não olhei para trás.

-É...hum...não sou fã de esportes...- eu disse com a voz baixa.

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O apito foi soado, o jogo começou, Josh estava do meu lado, a bola como sempre, estava cada vez mais rápida com as cortadas que davam de campo para campo.
Essa não! O time adversário lançou a bola na minha direção, sabem que nunca fui boa de bola!
Josh foi rápido, deu uma cortada na bola, fazendo ela ir pro outro lado mais rápido ainda. Bateu dentro da área. Ponto para nós.
Uivos e alegria e de comemoração saíram do nosso time, aplaudiram o Josh, primeiro ponto da partida.

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Sinal tocou, hora de ir embora. Todos apressados, pegaram suas mochilas e correram, as vezes parece que estou no 6 ano. A manhã passou rápido.

- Aonde você mora? - Josh perguntou atrás de mim.

- Quer me strupar e matar Josh?- perguntei rindo. Ele ficou sério.

-Desculpe ser tão intrometido. Se quiser eu te dou uma carona. Vai andando para casa como a maioria dos estudantes não é?- ele perguntou.

-Sim...você tem um carro?- eu perguntei um pouco surpresa.

-Tenho! Vamos!- Josh segurando em minha mão e saiu me puxando pela escola a fora.

Todos pareciam olhar para nós.

Atravessamos a rua, e paramos em frente a um carro cinza, Josh abriu a porta do passageiro para mim. Olhei estranho para ele.

-Que é? Sou cavalheiro!- ele disse, então eu entrei no carro, e ele fechou a porta, e em seguida entrou pela porta do motorista, as pessoas ainda nos encaravam de fora. Não é normal um garoto com potencial para ser popular dar carona em seu primeiro dia para uma não-popular.

- Moro na rua almeida.- eu disse.

COMO DIABOS VIM PARAR NESSA SITUAÇÃO? E desde quando eu confio em estranhos? Estou cansada...uma carona seria ótimo...
Ele não parece querer me matar...nunca parece que os assassinos tem intenção de matar! Aí meu deus! O que estou fazendo dentro desse carro?! Agora eu já disse onde moro, mesmo que eu consiga sair, ele sabe onde moro, mas não sabe a casa.

Quando dei por mim já estávamos na rua.

-número?- ele perguntou.

Bom, me sequestrar pelo visto ele não vai! Vou dar um voto de confiança nele.

-número 76...- eu disse baixinho.

-Casa bonita.- ele disse ao parar em frente a minha casa amarela.

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