desespero

18 5 0
                                    

Acordei em meu quarto com o despertador do meu celular. Hora de ir pra escola.
Flashs da noite passada invadiram minha cabeça. Levantei assustada. MAS QUE DIABOS?
Josh não estava do meu lado, será que...foi um sonho?
Não.
Era real demais, aconteceu, não foi sonho! Ele deve ter saído cedo! Claro!
Mas como...ele conseguiu acordar antes sem despertador?

Parei e olhei pro teto.

O QUE DIABOS EU TENHO NA CABEÇA?

Com certeza foi um sonho! Eu não sou assim,se tivesse ocorrido realmente, eu o pararia, isso não acontece com pessoas como eu, com certeza foi só mais um sonho bizarro!

Me levantei rápido para me arrumar.
Minha escola não exige uniforme, apenas camiseta.
Eu não costumo tomar café da manhã, então apenas escovei os dentes, peguei minha mochila e fui em direção a porta, escutei uma conversa...a voz da minha mãe...e...

-Josh?- eu falei espantada.

-Bom dia querida! Seu gentil amigo se ofereceu para te dar uma carona até a escola!- minha mãe disse sorrindo. Josh também sorriu.

Seu rosto não tinha sinais de...nada estranho. Com certeza foi apenas um sonho, do contrário acho que ele daria algum...indício.

Lembrei da expressão dele no sonho, inabalável. Estou confusa. Droga!

-podemos ir?- ele pediu- muito obrigado senhora Lessa! Eu trago ela de volta depois antes de escurecer!

Antes de escurecer?!

Ele me puxou pela mão até seu carro enquanto minha mãe dava chauzinho com a mão.

-Juízo! Bom encontro para vocês! Estudem bastante!- minha mãe gritou.

Ele abriu a porta para mim.

- Alargue o sinto, está apertando demais seus seios.- ele disse ao sentar-se no banco do motorista.

Engoli em seco. OI?

- C-como assim encontro? E desde quando você tem essa tamanha intimidade comigo?- eu gaguejei.

Ele começou a dirigir, olhando fixamente para a estrada.

- Sua mãe deixou você ir à um encontro comigo, depois da escola.- ele não mudou a expressão seria.

Desde quando minha mãe é tão boazinha?

- ah! Sim! Muito bem.- eu virei a cara. - porque faz isso?

-Isso? Isso o que?- ele perguntou curioso.

- Está se intrometendo na minha vida! Fazendo o que quer! .- eu disse com raiva.

-Eu...gosto de você Aurora. Eu quero passar mais tempo com você Aurora.

Aurora.

- E mais importante, como sabe meu nome? Eu nunca lhe disse meu nome.- eu disse, o encarando.
Queria ver sua expressão caso mentisse.

- Eu perguntei.- ele disse simplesmente.

-Não perguntou não!- eu afirmei.

-Não para você.

-Você stalkeia todas as garotas que gosta?- perguntei indignada.

-Não. Seu corpo perfeito me interessou.- ele deu uma risadinha e um sorriso de canto.

Estremeci. Corpo perfeito. Não foi um sonho mesmo, foi muito real! Aconteceu! Engoli em seco.

Ao em vez dele virar para a rua da escola, ele foi reto.

- J-Josh...para onde está me levando? - eu gaguejei. Estava assustada, estremecendo.

- Para minha casa.- ele disse, como se não estivéssemos fazendo nada de errado.

-Eu não quero! Eu quero ir para a escola Josh! Me leva para a escola!- eu gritei, já com medo.

- Você é minha agora. Disse ontem, eu preciso te mostrar algo.- ele disse calmamente.

Estava paralisada. Ele percebeu meu desespero estampado.

- Fique calma, eu cuido de você Aurora.- ele disse calmamente.

Arregalei os olhos novamente. Porque diabos? Ele é louco!

Sinto borboletas na barriga.

- Você vai me matar?- perguntei baixinho.

- Aurora, porque acha que vou te machucar?Eu não vou te machucar.- ele afirmou.

Eu não sei me defender! O que posso fazer?

-Josh...por favor...

-Apenas seja minha, não confia em mim?.- ele perguntou, como se eu fosse obrigada a confiar nele.

O carro parou.
Josh saiu do carro, deu a volta, abriu a porta do passageiro e me pegou no colo.

Ele foi andando em direção a casa Branca e marrom de dois andares.

-Não se preocupe, eu vou cuidar de você Aurora.- ele disse ao adentrar a casa.
É disso que eu tenho medo.
Sem muito barulho, a casa estava vazia, será que Josh mora sozinho? Sua casa era decorada com móveis rústicos, todos de cor bege, preta, cinza ou branca, nada muito colorido. E derrepente me dei conta de que estava só eu ele, em sua casa. Eu estou com muito medo, eu quero gritar, sair correndo, mas ele vai me alcançar com seu corpo atleta.

Eu não sei o que fazer!

Em seus braços Onde histórias criam vida. Descubra agora