Amado filho (Poema especial de Natal)

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As pequenas lâmpadas
Que brilham em cor
Às vezes nem tantas
Mas já brilharam para o amor

Os tons agraciados
Lhe encatavam os olhinhos
Que brilhavam
Ao ouvir os sininhos
O Natal era especial
Agora é apenas uma lembrança mortal
Do tempo que passou
Do amado filho
Que aqui não ficou

Os anos dourados
Já são memórias apagadas
Ainda assim
Sempre lembradas
O vermelho era sangue
Não mais uma cor comemorada

Nem onde meus ossos repousam
Nem o couro macio e direito
Nem a vida de luxo
Irá tirar a dor de meu peito
Irá remover os que me fazem carinho
Os espinhos
Nem as lâminas
Que traçam seus caminhos

É incomparável
A dor se fundindo à solidão
Em uma dança podre
Nesta ocasião
Estou de pé
Sentindo minha pele rachar
nesta noite de ilusão

O dourado
Da cor dos teus fios
Formado em meu ventre,
Agora tão frios
Em cinza queimados
Agora eles
São apenas legados

Brilhos que piscam
Aparentam tão longe
E estão tão perto
Como a vida e a morte
Antônimo incerto
Os olhos nos mostram
Mas não querem enxergar
A dor que é perder
Aquele que você pôde um dia gerar

By: Tércia Sampaio

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