Capítulo 33

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Nunca pensei que um mês seria tão longo, e o tédio que sentia na cadeira era o pior. Sentia que a qualquer momento enlouquecia e pediria a Heimdall que me levasse para Asgard. Lá pelo menos seria livre e teria o apoio de minha família. Mas não poderia fugir, não enquanto meus amigos estivessem presos, não enquanto amasse Peter. A maior parte dos meus dias era uma completa merda, apenas quando ele me visitava que me sentia um pouco feliz.

Peter visitava-me todos os dias sem nunca parecer cansado demais. Me traduzia comida e presentes as vezes, mas nada era melhor do que vê-lo.

Porém, em um dia de semana recebi uma visita estranha e que não fazia meu coração bater mais forte como Peter era capaz.

Um homem alto e magro, vestindo um terno elegante apareceu na frente de minha cela. Permaneci sentada em minha pequena cama. Estava lendo um livro de fantasia que Peter havia me dado. Apenas lancei um olhar fulminante em sua direção e voltei a atenção para o livro.

— Senhorita Carter — disse o homem.

Olhei em sua direção e ele olhou para a pequena televisão na cela.

— Deixei um envelope para você, chegou essa manhã junto com sua comida. É um DVD, você assentiu?

— Não, lá em Asgard nós comemos CDs — respondi seriamente.

— Eu preciso que você olhe, por favor — implorou.

— Caso não tenha notado. Sou uma mulher ocupada. — Levantei o livro em minhas mãos.

— Você não irá se arrepender. Por favor, assista o filme.

— Está bem.

Levantei irritada, peguei o envelope e coloquei o filme que mostrava uma catástrofe natural. Tornados e furacões gigantes estavam destruindo o Japão. E estavam vindo para os Estados Unidos. Depois que terminei de assistir me dirigi até ele e fiquei o encarando.

— Eu não tenho nada a ver com isso que está acontecendo — falei rapidamente.

— Sim, nós sabemos.

— Então por que veio aqui?

— Precisamos de ajuda. Os ventos não pode ser controlados, a não ser por você que é a Deusa dos Ventos.

— Primeiramente, os asgardianos não são deuses. — Andrei até o vidro e o encarei. Percebi que ele ficou um pouco amedrontado. — E segundo... Como vocês estão lidando com as pessoas que estão em meio a tragédia?

— Mal.

— É sério? Seus soldados super treinados não estão dando conta? — Sorri.

— Não temos tempo para ironias, menina.

— Sabe se os Vingadores não estivessem separados por conta da ignorância de vocês, talvez eles pudessem ajudar as pessoas. Isso se o governo chamou os poucos que restaram.

— Nenhum inumanos foi utilizado para ajudar na tragédia.

— Então vocês querem que eu ajude?

— Sim, senhorita Carter.

— E se eu dizer que não ajudo?

— Pessoas vão morrer.

— Viu, está ai a sua resposta. O mundo precisa de pessoas com super poderes o mundo precisa de Heróis.

— Isso significa que você vai ajudar?

— E depois eu volto para essa cela?

— Não, você será liberada e seus crimes perdoados.

— Estamos começando a nos entender. — Me afastei do vidro. — Porém, tenho uma má notícia.

— E qual seria?

— Eu não vou conseguir salvar as pessoas, não sozinha. No máximo consigo parar os furacões, mas as pessoas estarão desprotegidas e eu não vou poder ajuda-las.

Andei pensativa pelo quarto.

— O que você tem em mente?

— O que eu tenho em mente? ... Isso não é óbvio? Um país está sendo destruído e vocês não pedem ajuda dos Vingadores como estava no tratado de Sokovia. E agora você vem me pedir ajuda?

— Estamos desesperados, senhorita Carter.

— Você acha que eu não? Só para você entender, eu poderia voltar para Asgard agora mesmo mas não vou, sabe por que?  Porque eu amo a Terra e não queria deixar ela desprotegida com pessoas que pensam como as que fizeram o tratado.

— Então você vai nos ajudar?

— Não.

— O quê? — Ele arregalou os olhos.

— Quer dizer eu ajudo. Mas só com uma condição.

— Qual é a sua condição?

— Aquelas pessoas precisam dos Vingadores para serem salvas. Já que seus soldados não dão conta. Então a minha condição para terminar com os furacões antes que eles venham para esse país. É o cancelamento do Tratado de Sokovia. — Sorri satisfeita.

— Mas isso é impossível! Para isso acontecer vamos precisar fazer uma reunião. E isso pode levar dias.

— É verdade, e vocês não tem muito tempo. — Sorri ironicamente enquanto olhava entediada para as unhas.

— Você está falando sério?

— Óbvio, se você não cancelar o tratado. Eu não posso fazer nada. — Eu estava blefando mas se eu não tentasse dessa vez, eu não sabia se teria uma nova oportunidade.

— Então vou tentar providenciar tudo hoje mesmo.

Ele saiu da frente da minha cela. E quando ouvi seus passos distantes, sentei na cama e me permiti sorrir.

— Você acha que vai dar certo? — Ouvi Clint falar na cela ao lado da minha. E eu fui até a parede para escutar melhor.

— Espero que sim, Clint, essa pode ser nossa chance.

No dia seguinte, Peter e Tony vieram me visitar. Contei tudo para eles e Tony concordou em o tratado ser cancelado. Sendo que o seu motivo principal era me ver livre.

Eu estava olhando um filme quando fui chamada por um carcereiro. Ele abriu a porta da cela e me levou até uma sala de reuniões.

Quando cheguei perto da sala. A reunião já tinha acabado e Tony estava saindo da sala logo atrás dos ministros. Corri até ele.

— Você fez um bom trabalho, Amy! — Tony me abraçou.

— O que foi decidido? — perguntei.

— Você está solta a partir de agora. E o tratado foi cancelado! — disse alegremente, me abraçando.

— Essa é a melhor notícia que ouvi na minha vida!  — Apertei Tony em meus braços.

— Estão todos livres!

— Graças a Deus! — falei dando pulinhos e olhando para cima.

— Agora você tem muito o que fazer, Cata Vento. — Tony se afastou e tocou meus ombros.

— Eu sei. Está na hora de procurar todos os Vingadores.

Tony e eu voltamos para a Torre Stark, quando chegamos Peter estava me esperando muito alegre por me ver livre, assim como eu por tudo ter acabado.

Fúria Dos Ventos | VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora