06 | drunk and sad

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Passei as mãos em meus fios dourados, bufando de raiva.

Havia acabado de acordar e me deparei com uma mensagem de Taehyung, me chamando para uma "pequena festa" entre amigos que ele está planejando para hoje. Apesar de ser na casa de Taehyung, e não ter muita bagunça, — porque sinceramente, eu odeio lugares muito barulhentos. — e Jungkook estará lá.

A um tempo atrás, pensei se valia apena mesmo sair com Jeon. Ele é divertido, não tem porque eu não ir, se não for por Yeri. Por suas expressões feitas na cafeteria, pude perceber que as coisas não estão muito bem para ele.

Talvez não seja um bom momento para sair a uma festa com ele.

Sabendo que Taehyung não aceitaria um "não" como resposta, tratei de me levantar, pois já era consideravelmente tarde.

Coloquei uma de minhas várias calças skinny, preta, junto a um moletom básico, também preto. O moletom tinha apenas dois símbolos japoneses em cada uma das mangas que representava: Felicidade e Tristeza. O significado é bem simples de se entender. Os símbolos querem mostrar que: A tristeza e a felicidade andam juntos, mas muitas vezes você apenas tem que saber qual sentir.

Desci os degraus da escada principal, descontraído com as mãos nos bolsos de frente de minha calça.

Taehyung pediu para eu comprar vinhos, mas como estou sem dinheiro e meus pais não estão em casa, decidi que iria pegar da estufa de meu pai e depois compraria novos.

Châteauneuf du Pape e Hermitage, um de meus preferidos vinhos franceses.

Me certifiquei que estava tudo em ordem, para poder finalmente sair.

Com meus fones de ouvido conectado em meu celular com o volume no máximo, cantarolava, às vezes bem baixinho, deixando o vento levar meus fios dourados claros para frente. S enhora Kim, estava varrendo a frente de sua casa como fazia todo início de tarde. Acenei para a mais velha, a vendo acenar, com um sorriso que deixava nítido suas ruginhas.

Senhora Kim aparentava ser uma boa vó, sempre tive essa imagem sua, de uma boa avó. Gostaria de ter uma avó que cuidasse de mim e fosse presente em minha vida, mas a minha família é tão complicada.

Fora da casa já era possível ouvir Cry Baby de The Neighbourhood, soando sensualmente como um toque de fundo.

Taehyung sempre deixava uma chave reserva embaixo do tapete, quando eu ia a sua casa.

Quando entrei, a casa estava uma zona – como era de se esperar. Seokjin e Namjoon, um dos casais mais inteligentes da escola estavam sentados no sofá na maior melação. Taehyung, estava entre: Hoseok, Jungkook e Yoongi. Min, sempre foi o que mais faltava na escola de todos nós ali, por sua genuína sorte conseguia passar para outras séries. Nunca tive muita conversa com o mesmo, por sempre o achar muito fechado. Era a primeira vez que via todos eles juntos assim, geralmente, meu grupo era apenas Taehyung, Seokjin, Namjoon e as vezes Hoseok.

— Não vai entrar? — Jungkook disse atraindo a atenção de todos a mim. — Vai ficar aí na porta parado, bebê?

Corei, mas pude sentir que sua voz estava vaga, como se não houvesse propósito como nas outras vezes. Como se ele não estivesse feliz.

Tímido, fechei a porta com cuidado, indo até Taehyung o abraçando forte, deixando minha cabeça repousar por cima de seu ombro. Jungkook nos olhou por um momento, fazendo eu abaixar a cabeça, deixando a testa repousada, deixei um beijinho na bochecha de Tae, vendo o sorrir a mim minimamente.

— Vocês estão namorando? — Yoongi, soltou, irônico.

— N-não. — Cocei a cabeça constrangido. — Somos amigos, Yoongi.

CHEERLEADER | Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora