A cada passo que dava a caminho da casa de seu amigo, o sangue de seu corpo subia para a cabeça e seu rosto ficava cada vez mais vermelho, era como se toda raiva que sentisse pelo melhor amigo tivesse voltado com força total ao se lembrar do que o mesmo fez consigo ao deixá-lo para trás a algumas horas anteriores no fim da corrida.
Jeongguk dobrou a esquina na casa do Kim e sem pensar duas vezes bateu na porta de serviço da enorme casa, esperando algum funcionário ou parente do mais velho atender.
Não demorou nem um minuto e o empregado dos Kim abriu a porta para o Jeon, permitindo sua passagem sem hesitar.
Jeongguk agradeceu o garoto jovem com um curvar de cabeça — afinal era educado — e entrou pela porta dos fundos que estava mais perto da sala e seguiu até onde era servido as refeições da família, justamente onde estava a família Kim completa.
Sem delongas o moreno cruzou a porta e foi recepcionado pela matriarca da família com um abraço caloroso e um beijo na testa. Depois foi a vez de seu marido, de um jeito mais formal, com um simples aperto de mãos com direito a tapinhas nas costas.
Taehyung que estava até então encolhido em sua cadeira com um sorriso forçado acenou para o amigo, o chamando com as mãos trêmulas para sentar ao seu lado.
Corajoso esse. Pensou Jeongguk.
Já esperava que uma hora ou outra o amigo fosse querer lhe matar, também, era mais que merecido para si por ter feito o que fez. Pelo menos teve tempo de tomar café da manhã. Não que isso fosse adiantar em muita coisa depois de morto mesmo.
— Jeongguk eu-.
— Depois a gente conversa, de preferência no seu quarto. — O mais novo não poderia bater no melhor amigo da frente dos pais do mesmo, afinal era um anjo para os mais velhos. Então engatou em um assunto sobre modas da atualidade com a mãe do castanho, e em poucos minutos sua raiva se esvaiu.
Não queria mais matar o amigo, uma surra bem dada com um chicote de cavalo já bastava.
Conforme os assuntos foram fluindo a cada fim de conversa, chegou o grande momento em que os pais de seu amigo tiveram que ir trabalhar, então, sem querer serem mal-educados e apressados, se despediram agradecendo pela companhia do Jeon no café da manhã e ficaram mais um pouco antes de partirem para o serviço.
Assim que os dois Kim cruzaram a porta de entrada Taehyung se pôs de pé, tomando o último gole de seu copo de suco de laranja, andando alguns passos para trás, ameaçando correr casa a fora.
— Não adianta correr, eu sou mais rápido que você, Taehyungie. — Ameaçou de maneira cínica, se aproximando alguns passos do amigo.
— Não custa tentar, Jeonggukie.
E então começou uma perseguição que durou cerca de alguns minutos, isso até o moreno alcançar Taehyung no segundo andar da casa, no corredor, onde Jeongguk pulou em cima do amigo e o encheu de tapas.
Taehyung teve que segurar nos pulsos do garoto para o conter.
— Ah, que grande amigo você é, além de me apostar em uma corrida você ainda me deixou sozinho no meio da rua! Já pensou se a polícia me pega, ou pior, já pensou se meu padrasto me pegasse ali?! Eu estaria morto em uma hora dessas!
— Mas não está e olha, você está perfeitamente bem! — Sorriu forçado, tentando acalmar o amigo. — E eu já pedi desculpas, cara!
Um momento de silêncio se fez presente até que o Jeon o quebrou pulando outra vez em cima do amigo, levando os dois a cair no chão em uma posição não muito boa para qualquer um que chegasse e visse a cena. Jeongguk estava sentado no colo do amigo e tinha os pulsos contidos pelo mesmo, e para piorar tudo o mais velho estava soltando choramingos que mais pareciam gemidos contidos.
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Fast and Furious
FanfictionPark Jimin, um corredor de ruas. Jeon Jungkook, um adolescente em busca de aventuras. Jimin faz uma aposta com o amigo de Jungkook. Quem ganhasse uma corrida iria para a cama com o moreno. E Jimin venceu. Anos se passaram depois daquela aposta e Jim...