Capítulo 3| Avareza

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N/a: Leiam as notas finais, por favor. obs: esse cap foi sem correção, perdoem os errinhos.
Boa leitura, anjinhos.

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Jung Hoseok

Marchava calmamente pelas ruas quentes da renomada Flórida, mas apesar do clima tórrido, Hoseok trajava um terno grácil. Lembra muito bem das disciplinas da sua família.

"Hoseok, a primeira impressão é a que fica, vista-se sempre com a sua roupa mais cara.- dizia seu pai"

Seus passos dilatados o guiavam até o museu, assim que se aproximou, as pessoas reunidas no local o deram passagem.

Os flashes luminosos cortavam sua visão e milhares de aparelhos eram colocados próximos a sua face. Sentiu um peso extra na espádua e mirou a pessoa atrás de si, sorriu quando reconheceu um de seus seguranças.

Essa seria sua primeira aparição notória. Suas mãos estavam gélidas, o suor manava no seu dorso, mas o curvar de lábios era ostentado. As mãos dos seguranças se ausentaram assim que Hoseok se fez presente no hall do museu. Jung tinha convicção de que o The Ringling era o museu mais lindo do mundo, mas agora, com todos aquelas pessoas, era amedrontador. Todos presentes trajavam vestes caras. Por mais que Hoseok fosse um deles, não se sentia confortável neste ambiente.

Catou uma taça de champanhe qualquer em cima de uma bandeja e mirou cada centímetro do salão. Tentava enxergar através das pessoas, estava perscrutando as obras de artes dipostas na taipa. Guiou-se até outro passadiço, que cogitava ser menos badalado, atravessou um umbral largo e contornou a sala com o olhar.

Havia um único homem na sala. Encarava atentamente um quadro de Rubens. Seus passos, até o garoto, eram o único som no âmbito. Se conteve ermo ao outro e estudou cada particularidade alheia, já que esse parecia imerso demais para notar.

—  Peter Paul Rubens... - sorriu mostrando a sua gengiva avantajada. Deixou sua cabeça tombar para o lado, ainda analisando o fotograma.

O olhar de Hoseok se manteve no homem, encantado. — O triunfo do amor divino.- as palavras deixaram sua boca sem sua devida licenciatura.

A postura do outrem se enrijeceu e se virou com uma cara séria, Hoseok, inibido, abaixou a cabeça. As palavras morreram na sua gorja quando o outro se pronunciou.— Eu prefiro em italiano.

Contemplou outra vez o homem, que já estava abstraído com o painel novamente, se virou para a obra e riu.— Rubens não era italiano.

— Eu sei, mas eu gosto da sonoridade das palavras na língua.- Hoseok se surpreendeu com o comentário.

Respirou e curvou os lábios.—  trionfo dell'amore divino.- Movimentou a boca como se estivesse repetindo as palavras.

O quadro recebia toda atenção do menino, mas Hoseok não pôde deixar de notar o sorriso que assomou sua face.— Você tem uma voz bonita.- pesou seus olhos em Jung, e este, pôde pela primeira vez vislumbrar com clareza o rosto alheio.— Poderia me explicar?- proferiu e assestou a obra.

Outorgou com a cabeça e voltou-se para o quadro. — A mulher na obra, representa o amor divino e está em um carro triunfal. Está cercada de crianças...

— Por quê são anjos, senhor?- proferiu o outro.

— O quadro foi feito em 1625, no século XVII, época em que a igreja governava.- voltou seu olhar ao quadro.— Todos as obras tinham relação com a eucaristia, no caso deste, a mulher significa Deus. Se prestar atenção, verá que existe um pássaro que alimenta seus filhos, estão sendo alimentados com o sangue retirado do próprio seio. Representa o sacrifício de Cristo. As duas cobras entrelaçadas, significam o pecado, estão ali porque o pecado existe em todos os lugares, até no páramo.- deixou sua voz morrer quando sua explicação sobre a obra acabou, mirou mais uma vez o homem e viu uma lágrimas solitária escorrer.

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⏰ Última atualização: May 12, 2022 ⏰

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