Trauma

229 27 7
                                    

Eu estava em minha casa, tomando suco de laranja com a minha mãe, quando ela olhou no relógio de pulso e disse que eu iria ficar em casa com meu tio.

Eu tinha cinco anos na época, mas sempre me sentia incomodado com os olhares perfurantes em mim.

Mas ainda sim, confiava nele. Já que ele é o meu tio e tios não fazem coisas ruins para seus sobrinhos, né?

Era o que eu pensava.

                                   .

Meu tio chegou perto das seis horas da tarde. Minha mãe saiu no momento em que ele havia chegado, então quando ele fechou a porta e o carro de minha mãe saiu, ele veio em minha direção.

— Como vai meu sobrinho favorito? —  Ele disse animado porém com uma pitada de ironia em sua voz.

— Vou bem! — exclamei animado.

— Muito bem, venha aqui pois eu trouxe algo para você comer.

Achei estranho. Minha mãe havia dito que tinha comida preparada na geladeira.

E eu como a criança curiosa que era perguntei:

— Mas ela disse que tinha comida na geladeira. — disse num tom inocente e curioso, entretanto, aquilo pareceu o irritar ao mesmo tempo que pareceu o deixar ansioso com algo.

— Oh não! — disse com uma expressao falsa de descontentamento. — Eu tenho um sorvete de massa aqui, e é de chocolate. Acho que eu vou devolver.

No momento, aquilo foi a coisa mais absurda que eu já havia escutado.

Como alguém iria em sã consciencia, devolver um sorvete de massa de chocolate?!

Realmente impossível.

—Não! — Desesperado por alguma forma de comer aquele sorvete. Guarda na geladeira pra gente comer depois, titio!

Mas o homem não podia fazer aquilo. A cartela inteira de Boa Noite, Cinderella estava ali dentro. E, o efeito do remédio (que era mais efetivo fo que os outros), é cortado ao encontrar em contato com o frio mais de uma vez.

-Me desculpe mas realmente não dá. -Disse num tom falsamente triste. -Se congelarmos de novo o gosto do chocolate vai acabar.

Naquelr momento eu só podia pensar em uma coisa. Eu preciso daquele sorvete. Era como se fosse o fim do mundo aquele sorvete.

E bom, realmente era.

-Vamos comer agora então!

-Sim!

...

-Tio.

-Sim? - Ele parecia nervoso.

-Eu tô' com soninho. -Eu olhei para ele e depois olhei para o que ele estava vestindo. Parecia bem descontraído e leve.

Ao olhar para baixo percebi algo no meio das pernas dele. Meio que... molhando a calça dele.

-Oque é isso, tio? - Apontei para sua calça.

-Ah isso? -Ele disse num tom que eu nunca havua escutado. -Quer ver?

-Sim?

-Venha cá.

Ele apontou para o chão.

-Fique de joelhos.

Fui lá, fiquei de joelhos e ele abaixou a calça e mostrou a mesms coisa que eu tinha, só que maior.

Olhei para ele, e ele pareceu se excitar com a minha ação.

-Pegue com a mão.

Fui lá e o toquei, era estranho.

Comecei a ficar desconfortável, e tirei a mão dali rapidamente.

-Coloque a mão novamente... E fiquri mexendo para cima e para baixo.

Meio receoso, comecei a mexer naquilo. Uma gosma transparente saiu daquilo e encostou em minha mão. Curioso mas ainda desconfortável, toquei o topo e ouvi ele gemer.

Eu estava achando isso estranho.

-O que você está fazendo tio?

Vi ele se arrumar um pouco no sofá e logo se levantar. Batendo o pênis dele em meu rosto. Eu me levantei desconfortável e com sono demais para continuar aquilo mas fiquei apenas mais perto do pênis do tio.

-Coloque a boca aí, agora! -Seu tom me fez estremecer e obedece-lo.

Fui até onde consegui. Senti sua mão indo de encontro com meus cabelos e começar a estocar minha boca.

A esse momento, eu já estava tentando sair de perto dele.
Aquilo estava machucando.

Começou a sair lágrimas dos meus olhos e eu finalmente adormecer.

Eu não me lembro de mais nada depois daquilo.

Eu não dormi por completo, era como se fosse uma espécie de coma, mas eu sentia tudo.

Ele  começou a tirar minhas roupas, uma por uma. Até eu estar completamente nú e vulnerável.

Senti também ele penetrar seu pênis em mim, à seco.

Sensação de dor, de medo, de angústia, de desespero.

Eu lembrava de tudo isso.

Eu acordei, ele ainda estava em cima de mim.

Mas eu não conseguia gritar, não conseguia me mexer.

Eu estava preso por cordas.

Minha boca amarrada.

Mas eu podia ver tudo.

Ele saiu de dentro de mim, levantou minhas pernas para o alto e me prendeu de novo.

Pegou seu celular e começou a gravar.

A dor era tanta que os músculos do meu anús não se contraíam de volta.

Eu senti, algo escorrendo dali.

Ele colocou um equipamento dentro de mim e fez me abrir mais ainda. Na hora em que ele pegou, eu vi. Era transparente.

Dava para ver tudo ali embaixo.

Estava doendo tanto que eu comecei a chorar mais ainda.

Ele começou a mexer aquele negócio dentro de mim.

Aquilo doía tanto.

Depois ele tirou aquilo e pegou dois pênis vibratórios e enfiou aquilo em mim, os dois ao mesmo tempo, apenas com uma mínima lubrificação.

No máximo.

Assim como o vibrador, eu me sentia no limite.

Minhas pernas não estavam aguentando mais ficando para o alto.

Meus braços doíam de tanta força que eu fazia para me soltar.

Em algum momento parei.

Parei de chorar.

De me desesperar.

De tentar me soltar.

Eu apenas fiquei ali.

Até hoje eu me sinto aquela criança.

Kim Taehyung nunca mais foi o mesmo.

ᴄᴏɴsᴇǫᴜᴇɴᴄᴇs - ᴋᴛʜ + ᴊᴊᴋOnde histórias criam vida. Descubra agora