Kate é uma garota - aos olhos de muitos - estranha e misteriosa. O que as pessoas ao redor nem imaginam é que Kate é um ser mais poderoso que qualquer espécie poderia ter. Híbrida - metade vampira e metade lobisomem -, tanto os vampiros quanto os lo...
Se tem uma coisa que não admito é fecharem a porta na minha cara. Ninguém nunca havia fechado portas na minha cara. Katherine acha que pode tudo, que tem o mundo sob suas mãos, que pode controlar tudo e todos... Mas isso não vai ficar assim, não mesmo! Vou mostrar a ela, quem realmente merece o poder.
— Pois não, Mendes? — o mordomo bateu no vidro da porta do meu carro.
— Fala, Niklaus. — revirei os olhos e abri o vidro.
— Que humor... — fingiu espanto.
— Cara, entra aqui. Preciso de um conselho seu — liguei o carro. Niklaus abriu a porta e se sentou ao meu lado — Vamos dar uma volta — acelerei.
— Estou te ouvindo meu caro.
— Conheci uma moça. — respirei fundo e liguei o rádio.
— E como foi na cama? — sorriu perverso.
— Me respeite, Klaus. A não ser que quer ser mandado embora?
— Eu já não tenho mais medo de suas acusações, Peter. Você não vive mais sem mim — Klaus sorriu cínico. — Qual é o nome da sortuda?
— Katherine.
Vi o Niklaus fechar a cara. De repente, o lado idiota e perverso de Niklaus se transformou em angústia e pavor. Ele estava pálido e seus olhos haviam mudado de cor.
— Seus olhos... — apontei para os meus olhos, indicando os dele.
— Oh... Foi mal, Mendes. Viajei — tentou abafar o clima — Por acaso essa Katherine tem o sobrenome Hale?
— Não faço ideia! A maluca sabe de tudo na minha vida, dá pra acreditar? Sabe até o perfume que eu uso. — falei com tom de indignação — Ela também tem uma irmã. Não sei quem é mais insuportável...
— Qual é nome dessa irmã? — Niklaus me interrompeu.
— Uma tal de Beriny, Berany... — forcei minha mente, tentando lembrar daquela droga de nome.
— Bethany? — sugeriu.
— Isso! Bethany... — o encarei. Niklaus estava sério, ainda pálido. Os olhos tinham voltado ao normal. Eu conhecia Niklaus desde quando tinha dezesseis anos. E o cara continua na mesma forma de sempre. Não mudou sequer uma ruga do rosto.
— Acho que está tarde, não é mesmo? — Klaus ainda demonstrava desconforto após ter tocado no nome de Katherine e Bethany. Ele nunca havia demonstrado reações parecidas. Só quando tocávamos no assunto dos pais. Niklaus, além de ser meu mordomo, também é meu amigo e confidente. A única pessoa nesse mundo que consigo confiar de olhos fechados.
— Ei cara, o que tá pegando? — estalei os dedos em seu rosto e ele me encarou.
— Nada. Eu tinha duas irmãs com o mesmo nome. Ironia do destino, não? — Klaus sorriu forçado.
Apertei o freio do carro e o olhei surpreso.
— Ironia do destino? — acelerei o carro e fui em direção ao apartamento de Katherine.
— Ei cara, o que está fazendo? Onde estamos indo?
(...)
Kate
A campainha havia tocado. Eram quase meia noite. O horário da caça.
— Quem é a essa hora? — Beth revirou os olhos indo em direção a porta.
— Deve ser o porteiro.
Beth ficou paralisada feito uma estatua na porta, sem reação e quase sem cor.
— Quem é Beth? — vi as lágrimas de Beth escorrer pelos olhos e levantei no pulo. Lá estava ele, vivo e inteiro. Depois de tanto pensarmos que Klaus estava morto.
Agarrei o pescoço dele para um abraço apertado e demorado.
Meu Niklaus... Senti tanto a sua falta!
•••
Personagem novo na área!
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