True Hell

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-- Mamãe - Disseram os dois filhos da madrasta em uníssono.

Taehyung sentiu o estômago embrulhar e as pernas fraquejarem ao ouvir aquelas vozes.

-- Não, por favor não - Dizia baixinho, implorando para que aquilo não fosse verdade, que era apenas sua mente pregando uma peça contra si.

-- Taehyung, ponha mais dois lugares a mesa - Exclamou animada com a volta dos filhos.

-- S-sim senhora - O ar parecia faltar-lhe aos pulmões.

-- Não demore - Disse a madrasta deixando o local.

Taehyung inspirava e expirava, várias e várias vezes.

Pegou os pratos e talheres e foi em direção a sala de jantar.

--" Tenha coragem, tenha coragem " - Pensava consigo mesmo enquanto levava os utensílios ao local almejado.

-- Com licença - Falou com a voz baixa e trêmula enquanto colocava os talheres a mesa.

Logo avistou aqueles dois demônios lhe fitarem em deboche.

Amanhã não estaremos em casa - Falou a madrasta chamando a atenção de Taehyung - Deixe tudo organizado para quando voltarmos.

-- Ah, TaeTae eu tenho um serviço para você - Kwan falou.

Taehyung sentiu vontade de vomitar ao ouvir aquele crápula proferir seu apelido que um dia, sua mãe lhe dera.

-- Que serviço - Perguntou ao " irmão ".

- Quero que limpe o celeiro inteiro amanhã.

-- Mas eu o limpei essa semana.

-- Limpe de novo - Falou simplista.

Taehyung nem discutiu, sabia que teria que limpar mesmo a força.

-- Mas que lixo é isso - Exclamou Chung-hee raivoso, enquanto jogava o prato com a comida no chão e cuspia na refeição - Seus dotes de culinária continuam horríveis - Dizia com um sorriso sarcástico - Está um lixo, igual seu pai era!

Aquilo doeu em Taehyung mais do que se o maior lhe tivesse dado um soco no rosto. 

Ofender ele era uma coisa, agora ofender ao seus pais era bem diferente, era como se tivesse tocado em sua ferida, aquilo lhe causava uma dor insuportável no peito e Chung-hee sabia bem disso.

Após a refeição os três se retiraram da mesa e foram para seus aposentos.

Taehyung organizou a mesa e subiu para seu quarto no sótão.

Chegou ao pequeno comodo e pegou o retrato de seus pais que tinha na pequena escrivania e então desmoronou na cama.

- Omma, Appa me perdoem - As lágrimas já banhavam seu rosto - Eu não aguento mais, eu não tenho coragem.

O garoto chorava silenciosamente, abraçado com o porta retrato e sem perceber acabou adormecendo.

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-- Onde esteve?

O garoto apenas arregalou os olhos surpreso.

Não esperava que seus pais o esperassem acordados.

-- Tcs, como se vocês se importassem comigo - Disse com desdém.

-- Eu vou perguntar uma última vez, onde você estava Jungkook - O rei elevou o tom de voz.

-- Por ai - Respondeu simplista.

-- Ora seu...- O rei se exaltou.

-- Tenha calma querido - Uma mulher que estava ao lado do rei se pronunciou.

O Príncipe PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora