Hoje vou para a faculdade. Finalmente um sítio onde as pessoas não se julgam umas às outras. Onde não agem como adolescentes estúpidos e infantis. É verdade que vai haver alguns assim mas o mundo não é perfeito. Sim, eu tenho 18 anos e devia é querer festas e andar despreocupada mas não consigo. Desde aquele dia que eu aprendi a crescer depressa, para ajudar a suportar a dor. E… como é que é suposto eu divertir-me se ela não esta cá para se divertir comigo? Acho injusto eu divertir-me e ela não.
Depois da minha mãe me chamar 3 vezes acabei por me levantar e fui para a casa de banho. Despi o meu pijama e entrei na banheira. Tomei um duche relaxante, e depois enrolei uma toalha à volta do meu corpo e fui para o meu quarto. Vesti umas skinny jeans pretas e uma t-shirt cinzenta dos Nirvana. Calcei os meus converse amarelos que são basicamente a única coisa no meu roupeiro que não são de cores escuras.
Voltei à casa de banho e acabei a minha higiene diária. Fui ao quarto, peguei na minha e no meu telemóvel e desci até à cozinha onde estavam os meus pais. Cumprimentei-os e sentei-me a comer os meus cereais. A minha mãe é que me vai levar à universidade pois o meu pai vai trabalhar.
O meu pai levantou-se e despediu-se de mim e da minha mãe, dizendo que já está atrasado. Os meus pais já não são os mesmos. Já não têm aquele brilho nos olhos e aquele sorriso caloroso, agora só vejo duas pessoas cansadas e sem esperanças. É normal visto que a sua única filha se tornou uma desconhecida para eles. Tenho saudades de os ver felizes, sei que eles teriam uma vida muito melhor se não me tivessem como filha. Eles queriam uma filha normal e olha o que lhes calhou na rifa; eu, a rapariga desequilibrada.
Suspiro e levanto-me da mesa, indo para o meu quarto buscar as malas com as minhas coisas. Assim que desço vejo a minha mãe já pronta no sofá.
“Vamos?” Ela pergunta, levantando-se do sofá. Eu abano a cabeça de forma afirmativa.
A minha mãe estava agora à procura de um lugar para estacionar. Já lhe disse que não é preciso e que me oriento bem sozinha mas ela insiste em vir comigo até ao meu dormitório. Quando, finalmente, estacionamos eu respiro fundo algumas vezes. Estou na faculdade.
A minha mãe sorri-me e aperta a minha mão como um gesto de coragem.
Abro a porta e saio do carro assim como a minha mãe. Pego nas minhas malas – a minha mãe leva uma delas, - e andamos até encontrar o meu quarto. 237B. No lado direito são os números pares, por isso no esquerdo são os números ímpares.
Assim que chegamos à porta com o número 237B paramos. Eu insiro a chave na ranhura e abro-a. É um quarto acolhedor, paredes brancas e móveis de madeira. Duas camas, duas secretárias e um roupeiro, espaçoso o suficiente par duas pessoas. O mal de ter de ficar nos dormitórios é ter de dividir com outra pessoa mas é melhor assim, tiro um peso dos ombros dos meus pais.
Um dos lados do quarto já tem algumas coisas pessoais de alguém, calculo que sejam da minha futura companheira de quarto. Pousei as minhas coisas no meu lado do quarto e despedi-me da minha mãe.
Quando acabo de arrumar as minhas coisas vejo que já é 1h da tarde e o meu estômago já esta a pedir comida. Pego na minha mala e saio dos dormitórios. Ando um pouco até encontrar um Mc’Donalds. Peço um hamburger e uma cola, quando o meu pedido está pronto pago e caminho até à entrada. O meu telemóvel vibra e ao pegar nele choco contra alguém, levanto a cabeça para encarar a pessoa a quem dei um encontrão e o meu olhar fica preso nodele. Tinha uns olhos castanhos cor de mel misteriosos, mas rapidamente desvio o olhar do seu e murmuro um desculpa e saiu de lá sem lhe dar qualquer oportunidade de me dirigir a palavra.
Ao caminhar para os dormitórios de novo lembro-me da razão pela qual o eu choquei contra aquele rapaz: o meu telemóvel vibro. Pego apressadamente no meu telemóvel e leio a mensagem, é só mais uma das mensagens da minha mãe a perguntar se está tudo bem. Respondo-lhe com um simples sim e guardo-o.
Quando chego ao meu quarto a minha companheira ainda não chegou. Pouso o meu almoço da secretaria, e ligo o pc. Vou um pouco ao tumblr enquanto como e quando acabo desligo-o e ponho os papeis sujos do almoço no lixo.
Deito-me na cama e pego num dos meus romances na pagina marcada.
1ºcapitulo yeii espero que tenham gostado apesar de nao ter nada de especial mas e normal os primeiros caps nao vao ser muito reveladores mas prontos
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Leiam a fic Je t'aime da princesa @BeatrizJamesPayne *-*
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Fanfiction"Eu sei que vai doer, mas às vezes é preciso fazer a coisa certa" - Amy Winehouse.
